"Acidente ocorreu em uma fração de segundo", diz oceanógrafo da Ufes
Segundo o especialista, a alta pressão nas águas 'ultra profundas' também dificulta o trabalho de resgate e recuperação dos corpos das vítimas
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Os tripulantes do submarino que desapareceu durante uma expedição aos destroços do Titanic, no último dia 18, não tiveram tempo de notar que algo estava errado antes de morrerem vítimas de uma implosão. É o que avalia Agnaldo Martins, oceanógrafo e professor coordenador da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). "O acidente provavelmente ocorreu num tempo de uma fração de segundo até no máximo alguns segundos", explica.
Em entrevista ao Tribuna Online, o oceanógrafo afirmou que a pressão da água, de 320 toneladas por metro quadrado, foi a causadora da tragédia. "Pelo aspecto dos destroços, deve ter sido seguido pelo dilaceramento do veículo em várias partes", complementou.
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Os destroços do submersível foram encontrados a cerca de 400 metros do Titanic. Segundo o especialista, a alta pressão nas águas 'ultra profundas' também dificulta o trabalho de resgate e recuperação dos corpos das vítimas, já que as equipes necessitam de equipamentos reforçados — feitos com metais caríssimos e de alta tecnologia.
“Os custos de recuperar partes dos corpos ainda íntegras, se houverem, seriam extremamente altos e dificilmente haveria alguém disposto a arcar com esses custos, mesmo considerando que os passageiros eram muito ricos Agnaldo Martins, oceanógrafo e professor coordenador da Ufes
As vítimas do acidente são o empresário paquistanês Shahdzada Dawood, o filho dele, Suleman Dawood, o bilionário e explorador britânico Hamish Harding, o explorador francês Paul-Henry Nargeolet e o diretor-executivo da Ocean Gate, Stockton Eush. As autoridades ainda não informaram se haverá uma busca pelos corpos dos tripulantes.
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