Fazenda em Vila Velha vai virar bairro com casas e comércio
A Fazenda Camping, na Barra do Jucu, tem 1,3 milhão de m, e parte da área terá condomínios residenciais, comércios e até polo de tecnologia

Parte de uma área de 1,3 milhão de metros quadrados na Barra do Jucu, em Vila Velha, vai dar lugar a um bairro planejado, com condomínios residenciais, áreas comerciais e um polo com empresas de tecnologia.
É o que conta o empresário Eduardo Pignaton, proprietário da Fazenda Camping e dos terrenos que circundam a área do empreendimento turístico. Um “masterplan” — plano estratégico para o desenvolvimento imobiliário do local — será elaborado em breve.
“Estamos com o contrato de incorporação da área praticamente firmado. São duas empresas com experiência, sendo uma de Belo Horizonte, que irão investir. Inclusive contratamos uma consultoria para elaborar o plano”, conta.
Para tocar o projeto, porém, o empresário aguarda a mudança na definição da região de zona rural para urbana, o que permitirá a construção de edifícios e outras intervenções urbanas em saneamento e mobilidade.
A medida pode entrar na revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Vila Velha, que está em processo de consulta pública virtual, segundo a prefeitura. Conforme o secretário de Desenvolvimento Joel Rangel, a previsão é que o processo seja concluído em dezembro, quando o resultado será encaminhado ao prefeito Arnaldinho Borgo e à Câmara de Vereadores.
Pignaton ressalta que os detalhes serão definidos só após a revisão do PDM, pois é o que determinará os tipos de edificações. “Se o PDM disser que pode prédios de seis andares, faremos um projeto com isso. Caso permita só casas, vamos elaborar um projeto em cima dessa regra. Ou seja, vai depender do que será definido”.
Já o polo tecnológico é um projeto à parte, na mesmo região, mas inserido no Programa ES Inteligente, do governo do Estado, conta Pignaton. A proposta é que empresas de base tecnológica, como as de Tecnologia da Informação, Inteligência Artificial, telecomunicações e afins, sejam atraídas para o espaço.
O projeto já havia sido pensado para Goiabeiras, em Vitória. São 380 mil m para a construção do parque tecnológico. “Queremos, nessa área, criar uma Vila Velha do futuro. Um projeto privado, em parceria com a prefeitura e o governo. É para onde a cidade vai crescer”, diz Pignaton.
Festas, parque aquático e estrutura de lazer mantidos
A parte de lazer e turismo da Fazenda Camping — inclusive o parque aquático — continua com o funcionamento mantido normalmente. “Pelo menos pelos próximos cinco anos”, garante Pignaton.
As obras do bairro planejado serão iniciadas em outros terrenos, não ocupados pelo empreendimento turístico, explica.
O empresário reforça essa afirmação, inclusive, destacando que estão nos preparativos para uma festa rave, que ocorrerá neste final de semana.
Palco de vários festivais de música que marcaram a cultura capixaba, a Fazenda Camping é um dos empreendimentos que fazem parte da memória de capixabas e turistas desde a década de 80, quando foi criado.
“Fizemos lá festivais com bandas como Mukeka de Rato, gravação do DVD do Martinho da Vila. Muita história”, conta o empresário.
Saiba mais
Inovação e tecnologia no local

Bairro planejado
As obras para construção do bairro planejado serão feitas em três etapas, que terão progressão no decorrer da concretização das anteriores.
São 1,3 milhão m de área total da Fazenda Camping, equivalente a mais de 150 campos de futebol.
A parte turística, a que se conhece pelas piscinas e festivais de música, ocupa apenas 150 mil m e não será afetada inicialmente.
O desenvolvimento do projeto será definido a partir do “master plan”, o planejamento estratégico, a ser realizado por uma consultoria.
É certo, porém, que o projeto contará com condomínios residenciais e zonas comerciais.
Plano diretor
A revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Vila Velha, além da construção de plano de mobilidade e macrodrenagem, são passos essenciais para a viabilização do projeto.
Pignaton conta que é difícil, hoje, o acesso à região. Por isso, aguarda a construção de um “corredor branco” ligando a Rodovia do Sol à ES-388.
A revisão do PDM inclui etapas de participação popular via plataformas digitais e audiências públicas.
Serão analisados temas como o uso e ocupação do solo, mobilidade urbana, habitação, meio ambiente, áreas de risco e infraestrutura.
Fontes: PMVV e fonte citada.
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários