Idade não é limite
O vigor da economia prateada e o papel transformador do empreendedorismo feminino

Quando falamos em “envelhecer”, ainda se associa muitas vezes a limites. Mas a realidade para as mulheres com mais de 50 anos, e para toda a sociedade, é outra: um período de reinvenção, protagonismo e poder econômico crescente. É aqui que entra a economia prateada, rumo veloz e irreversível.
Essa nova economia, voltada ao público 50+, já representa 39% do PIB brasileiro, movimentando R$ 1,8 trilhão por ano. Além disso, o crescimento da expectativa de vida aposta na longevidade, não como obstáculo, mas como campo fértil de inovação e desenvolvimento.
E as mulheres lideram essa transformação. Empreendedoras nessa faixa etária encontram no próprio negócio um caminho de autonomia financeira, realização pessoal e longevidade ativa. Pesquisa da Eixo revelou que 63% das mulheres com mais de 45 anos são provedoras de suas famílias, e 40% são a única fonte de renda, ressaltando a urgência e o potencial do empreendedorismo como alternativa e escolha.
As estatísticas confirmam: pessoas acima de 55 anos já representam 30,7% dos empreendedores brasileiros. Um dado inspirador: empresários seniores têm renda média maior do que os jovens empreendedores, R$ 3.347 contra R$ 3.209. Ou seja: empreender após os 50 anos, pode, sim, ser um caminho mais fértil e recompensador.
O Sebrae reforça esse movimento. Entre 2022 e 2024, os atendimentos ao público 50+ cresceram 130%, sinal claro do apetite e da necessidade de apoio para transformar experiência de vida em projetos viáveis.
Na prática, empreender nessa fase não é só um plano B, mas uma escolha estratégica. Pessoas com mais vivência cometem menos erros, têm redes de apoio mais sólidas e sabem onde investir com segurança.
E longevidade não é viver mais, é viver com propósito. Ao empreender, as mulheres continuam ativas, relevantes, conectadas com seus talentos e, sobretudo, com seu tempo presente e futuro.
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