Rio Branco conquista 38º título do Capixabão com emoção e sangue frio
Rio Branco vence o Tricolor Polenteiro nos pênaltis, após derrota no tempo normal, e mostra porque é o maior campeão do Estado
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Quem é rei nunca perde a majestade! O ditado popular faz jus ao modo como o Rio Branco conquistou seu 38º título do Capixabão, ontem à noite, em quase 111 anos de história.
Sofrimento e um boa dose de sangue frio não faltaram ao Brancão, que superou o Rio Branco de Venda Nova do Imigrante nos pênaltis por 3 a 2, ontem, após estar perdendo por 2 a 0 no estádio Kleber Andrade, em uma final emocionante.
No tempo normal, o time polenteiro venceu por 1 a 0. Na primeira partida da decisão, no domingo passado, no mesmo estádio, o Capa-Preta havia vencido por 2 a 1.
Maior vencedor do futebol capixaba, o Rio Branco saboreou o título em seu primeiro ano como SAF (Sociedade Anônima do Futebol), diante de 10 mil torcedores, quebrou o jejum de títulos estaduais (não era campeão desde 2015) e se “vingou” da final de 2020 – quando perdeu para o Brancão Polenteiro.
O Rio Branco, que já estava garantido na Copa do Brasil do ano que vem, assim como o Rio Branco/VN, por ter chegado à final do Capixabão, carimbou ainda vaga na Série D do Brasileiro de 2025 e na Copa Verde.
Um dos nomes mais conhecidos do elenco, o atacante Kieza (ex-Fluminense e São Paulo), destacou a campanha do time no Capixabão.
“Fizemos a melhor campanha, a gente merecia muito esse título pelo que foi feito. Conseguimos corresponder a expectativa que foi criada em cima da gente. Estou muito feliz”, comemorou o camisa 9.
Na primeira etapa, o Rio Branco/VN partiu para o ataque e foi superior. Na insistência, em chute de longe, Pepeu fez 1 a 0 para o Tricolor Polenteiro, aos 47 minutos.
No segundo tempo, o Capa-Preta buscou o empate que lhe garantia o título no tempo normal, mas abriu espaço para o time de Venda Nova. Aos 13 minutos, Neguete defendeu um bom chute de Bersan. Nos minutos finais, Klauber e Ronaldy tiveram outras boas chances e não aproveitaram, o que levou a decisão para os pênaltis.
Aí, o goleiro capa-preta brilhou. O time de Venda Nova até abriu 2 a 0, com o goleiro Pedro Pires defendendo cobranças de Aloísio e Maranhão. Depois, Neguete viu a bola carimbar o travessão e defendeu os chutes de Dieguinho, Augusto Potiguar. No fim, Edinho fez 3 a 2.
Iluminado, Neguete é um dos heróis
Um dos heróis da conquista do Rio Branco, o goleiro Neguete defendeu duas cobranças dos jogadores do Rio Branco de Venda Nova e, com o título, foi um dos que mais se emocionou na festa com a torcida no Kleber Andrade.
Ele, que só pôde jogar após efeito suspensivo, após ter pegado seis partidas de suspensão por ter críticas ao árbitro Dyorgines Padovani, disse que o nomearam como “iluminado”.
“O nome que me deram desde o começo do campeonato, que eu estou carregando até hoje. Sou iluminado. Não tenho palavras para descrever esse título hoje (ontem)”, disse, antes de sair correndo para comemorar com os colegas de elenco e a massa Capa-Preta.
Responsável pela cobrança de pênalti do título, Edinho, de 41 anos, vencedor em diversos clubes capixabas, contou que a união do elenco e dos integrantes da SAF foi fundamental. “Todos compraram a ideia, Deus foi fantástico, como Ele sempre foi. Todos aqui merecem esse momento. É campeão!”.
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