Inspiração para jovens atletas, Anderson Varejão participa de lançamento de liga
Ídolo internacional lança a Liga Pró Basquete sub-14, reunindo mais de 100 talentos de oito municípios do Estado
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Com direito à presença do capixaba e ídolo internacional do basquete Anderson Varejão, teve início, ontem, a Liga Pró Basquete (LPB) ArcelorMittal, competição sub-14 masculina que deve reunir mais de 100 jovens talentos de oito municípios capixabas até dezembro.
Patrocinada pela ArcelorMittal, a liga é uma realização da Pró Basquete, com chancelas da Federação Capixaba de Basquete (FECABA) e Confederação Brasileira de Basketball (CBB) além de apoio do Sesi Espírito Santo.
O presidente da Pró Basquete, João Marcelo Leite destacou que o torneio é um estímulo a mais para professores e alunos. “São adversários na hora do jogo e isso vai estimulando eles a melhorarem cada vez mais, treinarem, adquirirem valores que o esporte ensina”.
O diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da ArcelorMittal, João Bosco Reis da Silva, observa que esporte é uma vertente dentro da estratégia de promover a cidadania.
“Se a gente olhar as forças do Espírito Santo, acredito que o basquete é uma delas, pelos ídolos que revelou, como Anderson Varejão, Luiz Felipe (Azevedo, ex-jogador e técnico) e tantos outros. Então a gente tem investido na parte social, dentro do esporte, nas forças do Espírito, nas potencialidades”.
Anderson Varejão foi homenageado na quarta-feira com o título de primeiro embaixador do basquete brasileiro, entregue pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB), em Guarapari.
Ex-jogador da NBA (National Basketball Association), Varejão também é o atual embaixador global e consultor de desenvolvimento de atletas do Cleveland Cavaliers.
“Juntamente com o Instituto Anderson Varejão, a gente criou a Liga Pró Basquete ArcelorMittal, que é um passo a mais que o instituto está dando. Isso é sensacional. É uma liga que, com certeza, essa garotada toda vai lembrar para o resto da vida deles”, afirma.
O ídolo do esporte aconselhou os jovens atletas, em um ginásio com centenas de pessoas, no Sesc Jardim da Penha. “Eu sempre falo que, se eu consegui chegar onde eu cheguei, eles também têm a chance de chegar. Mas tem que existir dedicação, comprometimento, saber que não vai ser sempre fácil”.
O Instituto Anderson Varejão é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). “É um sonho que estou realizando, de devolver um pouco de tudo que o basquete me proporcionou. A gente já tem 2.000 crianças, mais ou menos, aqui no Estado”, afirma.
Opiniões


Do Espírito Santo para o mundo
O ídolo internacional do esporte Anderson Varejão conversou com a reportagem de A Tribuna ontem, no Sesc de Jardim da Penha, em Jardim da Penha, Vitória, onde participou da abertura a Liga Pró Basquete (LPB) ArcelorMittal.
A Tribuna – Em relação ao basquete, atualmente, o esporte mudou muito?
Anderson Varejão – Mudou, o basquete brasileiro e o americano sempre foram mais rápidos, mais de transição e tal, os dois. O europeu mais cadenciado, cinco contra cinco.
O europeu continua mais ou menos igual, mas o Brasil tem seguido um pouco os passos dos Estados Unidos, um jogo mais corrido, desde que o Stephen Curry (armador do Golden State Warriors) mudou o jogo, que é muito arremesso de fora, correria, essas coisas.
O basquete está mais rápido. Hoje em dia você vê jogador de 2,20m jogando como se fosse armador.
O basquete mudou da minha época para agora. Eu quando cheguei na NBA, todo time buscava um cara para parar o Shaquille O'Neal que era fisicamente muito forte, um cara que jogava muito bem próximo à cesta, quase imparável. Praticamente imparável, na verdade.
Hoje em dia é outra coisa. O jogo é mais corrido, mais de arremesso de fora e coisas desse tipo.

Como o basquete pode contribuir para a formação pessoal dessa nova geração?
O esporte te ensina muitas coisas para a vida: ensina a ganhar, a perder, trabalhar em equipe, você faz amizades.
Tem que ter disciplina. O que é disciplina? É fazer aquilo que você não gosta todos os dias, como se fosse a melhor coisa do mundo. No final, o resultado vem.
O que significa para você ser o primeiro embaixador do basquete no Brasil?
Muitas coisas. Minha vida, praticamente, desde quando eu comecei a jogar basquete até agora, eu vivi e respirei basquete.
E poder ser homenageado aqui no nosso Estado pela Seleção Brasileira, me deixa muito honrado, feliz e realizado.
Morando em Cleveland (Ohio, EUA), o que você leva do Espírito Santo com você?
Eu acho que levo a minha essência, quem sou como família, pessoa, minhas origens.
Tento passar um pouco para todos que eu conheço, estou sempre falando da nossa cultura, da nossa moqueca capixaba e coisas desse tipo. Isso aí é um pouco do nosso jeito de ser.
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