"Agora o foco é trazer uma medalha de Paris", afirma André Stein após ouro no Pan
O capixaba conquistou a medalha de ouro do Pan-Americano ao lado do paraibano George Wanderley
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O capixaba André Stein se consagrou campeão Pan-Americano de vôlei de praia ao lado de George Wanderley. A medalha de ouro foi conquistada em uma disputa acirrada contra a equipe de Cuba, formada pela dupla Diáz/Alayo. O atleta, que chegou em João Pessoa (PB) - onde treina, na noite de sábado (28), contou que agora o foco é trazer uma medalha de Paris.
"Nossa dupla se formou em 2019, então já temos praticamente 5 anos de trabalho. O nosso principal objetivo sempre foi Paris 2024. Então a gente segue focado nisso. Claro que passo a passo. A gente sabe que cada etapa que jogamos é importante para o nosso time. Cada resultado conta. Então o foco é esse. Terminar 2023 bem e começar o ano que vem forte para chegar em Paris com chances de trazer uma medalha para o Brasil", afirmou André, que contou ainda como a ficha está começando a cair só agora em relação a conquista do Pan.
"Estou muito feliz de conquistar esse ouro. Foi nossa primeira participação no Pan-Americano. Acho que a ficha só cai depois sobre a importância desse título. É um evento que tem o formato parecido com a Olímpiada, que é o nosso sonho. Realmente a ficha está começando a cair agora sobre a grandiosidade desse título. Foi depois de 12 anos que o vôlei de praia não conquistava uma medalha de ouro, então foi bem importante para a gente e ficamos bem felizes", ressaltou Stein.
A última medalha de ouro do vôlei de praia do Brasil no Pan-Americano foi conquistada em 2011 e, coincidentemente, também por uma dupla composta por um capixaba. No Pan de Guadalajara, no México, Alison Cerutti (o Mamute) e Emanuel Rego, subiram ao lugar mais alto do pódio para conquistar o, até então, último ouro do Brasil na modalidade.
"O vôlei de praia estava com um jejum de 12 anos sem uma medalha de ouro. Infelizmente o Pan-Americano acontece um ano antes da Olímpiada, então é no meio da nossa corrida olímpica. Às vezes as principais duplas no Brasil não tem a oportunidade de jogar o torneio. Então ficamos felizes que conseguimos jogar e trazer a medalha, tanto no masculino quanto no feminino. É uma competição bem grande, bem importante. Isso mostra que o vôlei de praia do Brasil continua no auge. Sempre vencendo nas principais competições e trazendo resultados", lembrou André Stein.
Com o final do ano chegando, o capixaba revelou que a dupla quer encerrar 2023 com chave de ouro. "Esse ano nossas principais competições já passaram, mas ainda vamos encerrar a temporada do Circuito Brasileiro e do Circuito Mundial, que vai ser em João Pessoa - onde a gente treina. Queremos fechar com chave de ouro esses dois circuitos. São duas etapas importantes para fecharmos bem o ano e começarmos 2024 - que é o ano olímpico - bem no ranking", contou ele.
A dupla composta por André Stein e George Wanderley está na 5ª colocação do ranking mundial de vôlei de praia, sendo a equipe brasileira melhor ranqueada na lista. E, para conquistar um lugar nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, eles precisam se manter no topo do ranking.
Copa do Mundo
A dupla André/George não conseguiu passar da fase de grupos da Copa do Mundo de vôlei de praia, que aconteceu no México, no início de outubro. O resultado inesperado serviu como um alerta para os brasileiros. É o que afirmou o capixaba.
"Nosso resultado na Copa do Mundo esse ano foi bem ruim. Acho que ninguém esperava isso. Óbvio que nem a gente. Mas sabemos o nível que está lá fora. Só quem está jogando sabe como é difícil cada jogo. Os adversários têm evoluído muito. Não podemos dar mole em nenhum jogo. Então é entender o que aconteceu e refletir sobre o que erramos. Isso serviu como um alerta para as próximas competições, como para o próprio Pan-Americano, que veio logo em seguida. A gente teve que se reestruturar mentalmente para chegarmos fortes na competição. O Pan era o nosso segundo maior objetivo do ano e conseguimos fazer isso muito bem. O alerta agora continua para as próximas competições e, principalmente, para o ano que vem - que é o ano mais importante para a gente", finalizou Stein.
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