Lucas Salles: “Tive experiências de quase morte”
O ator e humorista Lucas Salles conta, ao AT2, que hoje faz rir com as situações e fala sobre experiência em “A Infância de Romeu e Julieta”
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Quem nunca passou sufoco na vida, não é mesmo? Agora, imagina “quase morrer” algumas vezes? Pois o ator Lucas Salles “quase morreu” em várias ocasiões e transformou todas elas em um espetáculo de stand up!
Lucas, que interpreta o fofo e humilde Bassânio em “A Infância de Romeu e Julieta”, no ar pela TV Tribuna/SBT, contou um pouco dos perrengues que passou em entrevista ao AT2. Todos eles devidamente relatados no show “Graças a Deus, Eu Tô Vivo!”.
“Tive experiências de quase morte. Uma vez, foi um afogamento quando eu gravava ‘Desenrola’. Na hora do almoço, eu e o Vitor Thiré fomos à praia dar um mergulho. Só que um redemoinho começou a levar a gente para o fundo. Tivemos que pedir ajuda aos bombeiros”.
Em outro episódio caótico, Lucas, que já foi repórter do extinto “CQC”, foi ameaçado de morte pelo prefeito de uma cidade. “Fui fazer matéria de denúncia e apareceu um motoqueiro com uma arma na mão”.
E que tal despencar de elevador? Pois até por isso ele já passou! “Fui tentar tirar uma nota de R$ 10 que estava presa no elevador e ele caiu comigo. Posso dizer que minha vida vale R$ 10!”, conta o humorista, aos risos.
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“Graças a Deus, Eu Tô Vivo!” não tem previsão de passar pelo Estado. “Assim que me convidarem, eu vou! Conto com a ajuda da Tribuna para a gente divulgar o show”.
Já na novela do SBT, ele pode ser visto diariamente dividindo a cena com a atriz Beatriz Oliveira, que é deficiente auditiva .
“Graças a Helena Rodriguesdeus, sou ator, para que não precise ser atormentado”, Lucas Salles ator
AT2: Como é trabalhar com uma atriz deficiente auditiva em “A Infância de Romeu e Julieta”?
Lucas Salles: É incrível, eu aprendo muito com a Beatriz Oliveira. Eu vinha de um pensamento de que a comunicação era, de certa forma, ilimitada. Hoje, eu aprendi que ela é mais que ilimitada. Eu aprendi que a Língua Brasileira de Sinais é a língua mais linda do mundo.
Como foi a preparação para viver o Bassânio?
Quando eu me dei conta de que eu estava trabalhando no SBT, a primeira coisa que eu pensei foi: como eu agradeço à emissora por tudo o que ela fez na minha vida. Eu cresci assistindo ao SBT, o SBT me lembra família, me lembra amor, me deixa com o coração quentinho.
E eu pensei: esse personagem que eu vou fazer, uma pessoa em situação de rua, semianalfabeto, de coração muito puro, será que eu consigo trazer minha inspiração de Chaves e agradecer ao SBT? Toda a minha preparação foi em cima do personagem Chaves e também de outros que marcaram minha vida.
O que ele tem em comum com você ?
Tudo. Eu sou muito Bassânio. Na vida real, eu acho que sou o Bassânio. Não é um personagem. É claro que a gente tem dias ruins, mas isso não pode afetar a vida com as outras pessoas. Por mais que aconteça algum problema, não posso tratar ninguém mal, eu preciso transparecer bondade, que é o que eu sou.
Bassânio não saber ler. Dá para ter um a ideia de como é a vida de um semianalfabeto?
Não. Eu consigo imaginar essa dificuldade e os desafios, mas entender, acho que é muito difícil. É uma dor. Talvez eu me sinta um pouco assim quando eu viajo para outro país que eu não sei a língua natal.
Se não fosse ator, seria…?
Atormentado. Graças a Deus eu sou ator, para que eu não precise ser atormentado.
Vale tudo por um personagem?
Tudo. Vale tudo mesmo.
Qual foi a maior loucura que já fez por um papel?
Já fiz cada loucura por trabalho e vou continuar fazendo. Não me arrependo de nenhuma. Querer ser artista no Brasil é a maior loucura.
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