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Entretenimento

“A graça é se aventurar”, diz ator, humorista e apresentador, Fábio Porchat

O humorista e ator Fábio Porchat fala ao AT2 sobre sua paixão por viagens e como transformou isso em espetáculo de humor


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Imagem ilustrativa da imagem “A graça é se aventurar”, diz ator, humorista e apresentador, Fábio Porchat
PORCHAT: “Acho que, se eu diminuísse a minha voltagem, iria adoecer” |  Foto: Reprodução/Globo

É durante mais de uma de suas viagens que Fábio Porchat, 40, conversa com o AT2. Diretamente da Serra da Capivara, no Piauí, o ator, humorista e apresentador lembra que já conheceu 60 países e defende que é possível ter boas e divertidas experiências sem gastar muito.   

“Eu amo viajar. Existem viagens realmente mais caras, mas há viagens  baratas também. Você pode ir pra uma viagem super-sofisticada, mas também pode fazer um mochilão e ser até mais legal. As histórias boas de contar são as com perrengue. A graça é se aventurar”, reflete o artista.

E Vitória está em sua rota! Mas ele não vem a passeio. O motivo de sua passagem pela capital capixaba, no dia 7 de setembro, é a apresentação de “Histórias do Porchat”, espetáculo onde relembra situações que viveu ao redor do mundo, desde uma massagem na Índia  até uma dor de barriga no Nepal.  

“Sempre gostei de contar história, de fazer stand up, e achei que era um bom momento de falar sobre as minhas viagens. Eu adoro contar histórias desde pequeno. Quando fui servir o exército, a família queria saber como foi, porque eu contava as histórias mais engraçadas”, afirma.

Das viagens mais marcantes, Porchat lembra, logo de cara, do passeio que fez com os também humoristas Fabiano Cambota e Paulo Vieira para o arquipélago de San Blas, no Panamá. Paulo chegou a ser detido na entrada do país por estar com um passaporte de emergência. Já Fabiano teve uma infecção intestinal em alto-mar.  

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“Essa viagem acabou sendo divertida só pra mim, porque eles se deram supermal. (Risos)  Mas fiz uma  recente para  Galápagos com meu pai e minhas  irmãs, que foi o máximo. Diria ainda que a  viagem para Israel com minha avó e  tia também foi linda”.

 “Eu sou ligado o tempo todo”, Fábio Porchat ator, humorista e apresentador  

AT2: Chega a Vitória com o “Histórias do Porchat” para três sessões num único dia. Foi a maior maratona de apresentações já encarada por você? 
Fábio Porchat: Fazer show no Espírito Santo é sempre muito gostoso, porque o público daí gosta muito de rir, e eu me sinto sempre  bem. Nunca fiz três sessões em Vitória e estou animadíssimo.
A maior maratona de apresentações em um dia foi de quatro apresentações, mas três é puxado também. 
Qual é o seu segredo para aguentar essa maratona? 
É descansar, dormir gostoso, acordar aí bem, aquecer bastante a voz e não abusar no dia anterior. Ficar quietinho para estar descansadinho.  
Nesse espetáculo, há espaço para o público também contar suas histórias?
No fim do show, eu converso um pouco com o público e ouço quais são os lugares que as pessoas já visitaram. É muito divertido saber para onde as pessoas foram também.  
Imagem ilustrativa da imagem “A graça é se aventurar”, diz ator, humorista e apresentador, Fábio Porchat
Porchat nas ilhas Galápagos |  Foto: Reprodução/Instagram
Depois de ouvir tantas histórias hilárias em seu programa, o “Que História É Essa, Porchat?”, quais cenários ou situações acredita que rendem as melhores experiências?
Quando a pessoa se expõe e ela conta uma história constrangedora, que ela jamais contaria em lugar nenhum, essa história é maravilhosa.
Não importa onde, se é uma história escatológica, uma história de sexo ou se é uma história de constrangimento de fala, de situação, o mais importante é a pessoa se expor. Ela se expondo, fica tudo maravilhoso! 
Além de ser um bom contador de histórias, sempre gostou de ouvir boas histórias?
Eu sempre fui muito curioso. Sempre gostei de ouvir histórias. Por exemplo, adorava contar piada, mas também adorava ouvir para aprender. Então, sempre fui muito interessado pelas histórias das pessoas e acho que continuo sendo. Esse é o grande segredo para ter um programa de entrevistas.
Na sua família, você é quem tem as histórias mais legais e interessantes ou consegue apontar algum parente como um bom contador de histórias?
Minha avó, Maria Alice, tem histórias muito interessantes e sabe contar bem. Meu pai também é um ótimo contador de histórias, tem várias interessantes das maluquices dele. E minha tia Regina, irmã da minha avó Maria Alice, era uma comediante. Quer dizer, não era, porque ela trabalhava no Tribunal de Contas, mas ela sempre contou as histórias sob um ponto de vista muito curioso e eu sempre gostei muito.
É um cara ligado nos 220 volts. Em quais momentos consegue se desligar  ou encarar a vida em voltagem menor?
Olha, eu sou ligado o tempo todo. Estou sempre pensando, tendo alguma ideia, criando e inventando algo, mas acho que é isso que me deixa tranquilo. Acho que, se eu diminuísse a minha voltagem,  iria adoecer. Talvez à noite, quando tomo banho, deito na cama para assistir a um filme, a uma série, lá pelas 2h30 da manhã, seja o momento em que eu dou uma acalmada. 
Sou aquela pessoa que desliga a chave e dorme, e liga a chave e acorda. Então, é o único momento de desligar. Mesmo em viagens, estou sempre capturando momentos, tentando me conectar com o que está acontecendo, mas estou sempre pensando no que aquilo me gera, porque uma viagem, pra mim, é boa quando gera algo dentro de mim, entende?
Já tentou uma ioga? As viagens ajudam?
Nunca! Aliás, estou até lendo um livro chamado “Ioga”, que está me dando essa curiosidade. (Risos) Quem sabe não vou para a Índia ficar uma semana num daqueles Ashram, onde  não pode falar?
SERVIÇO:
“Histórias do Porchat”
O quê: Show de humor com Fábio Porchat (RJ).
Quando: Dia 7 de setembro, quinta-feira, às 19h, 21h e 23h. 
Onde: No Teatro Universitário da Ufes, em Goiabeiras. 
Ing. (meia): Térreo a R$ 80 e Mezanino a R$ 60.
Venda: Site sympla.com.br.
Clas.: 14 anos.

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