“Nós precisamos de professores inspiradores”, diz especialista em educação
Psicoterapeuta e mestre em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano Leo Fraiman destacou a necessidade de professores encantarem os alunos
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“Sentir é aprender: como estamos oferecendo essas experiências aos nossos alunos?”. Foi ao responder ao tema de sua palestra que o psicoterapeuta e mestre em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano Leo Fraiman destacou a necessidade de professores encantarem os alunos. “Precisamos de professores inspiradores, não 'piradores'”.
Fraiman – que fechou na sexta-feira (16) o 12º Congresso Educacional do Sinepe-ES – falou por mais de uma hora e chegou a emocionar com suas dinâmicas um público de mais de 800 educadores.
Ele questionou os presentes na plateia se já tiveram aquele professor “pirador”, a quem definiu como o que não inspira, que não acredita no potencial dos alunos e que estão sempre insatisfeitos.
“Todos nós podemos ser inspiradores ou piradores. Não dá para olhar o aluno e nos colocarmos como sujeitos ocultos na oração, ou seja, dizer que é o aluno que não está motivado, que a família não ajuda, que o governo está complicado ou que o País é difícil. Podemos ter uma atitude empreendedora e pensar: o que de melhor eu posso fazer com isso?”.
Ele ressaltou que para a aula desse professor pirador, o aluno no dia anterior já reclama. Já a aula do professor inspirador é o contrário.
“E aí eu pergunto: de quem é a responsabilidade? É do aluno? O quanto o professor está comprometido com a sua vida, com sua carreira, com sua saúde nas mãos? Porque a vida é indelegável e o reloginho da vida só vai para a direita. Uma das maiores ilusões que a gente tem é que temos tempo”.
Respeito
Além da experiência de ensinar aos alunos, as palestras de sexta-feira também abordaram o tema “Disciplina do Equilíbrio: Como manter relações respeitosas no ambiente escolar”. Com delicadeza, a psicopedagoga especialista em Montessori e PNL Isa Minatel abordou as diferenças entre as crianças.
“Existem pessoas que são tímidas, outras que são introvertidas. O que significa uma criança introvertida? Que ela não vai poder ter interação social? Que ela vai ter que ficar aprisionada? Não! Mas que é preciso ajudá-la e antecipar as informações do que virão”, explicou.
“É uma insanidade a gente tratar todo mundo da mesma maneira. As pessoas são muito diferentes”.
Soluções
Entre os expositores do Congresso Educacional está a Z26, em parceria com a Allied. Antônio Ferro, Apple professional learning educacional specialist, explicou que oferecem soluções de tecnologia educacional para escolas. “O que estamos apresentando é como os professores vão gerenciar, criar suas aulas. Isso não quer dizer que o aluno vai ficar o tempo todo na tela, mas ela pode ser um validador”.
Educação no trânsito
O Programa Nacional de Educação para o Trânsito – Conexão Dnit – disponibiliza ações pedagógicas em escolas e materiais pedagógicos inovadores, que podem ser acessados gratuitamente, segundo Debora Peres.
“Temos parceria com o Sinepe-ES e queremos o máximo de alunos, visando um trânsito mais seguro”, ressaltou.
Ensino com tecnologia
Com uma proposta de programas educacionais que unem aprendizagem, diversão e tecnologia, a Ensina Mais Turma da Mônica oferece apoio escolar, até de robótica educacional e programação de apps e games.
Com franquias em Vitória e em Vila Velha, são atendidas crianças a partir dos quatro anos, no caso da robótica. O franqueado da unidade de Vila Velha, Pedro Coelho, revelou que o tempo de duração varia de acordo com cada curso.
Realidade virtual
Entre os produtos e serviços apresentados durante o Congresso Educacional estão telas interativas, que permitem ensinar com imagens em 3D e até com óculos de realidade virtual.
O representante comercial da Ética, que tem parceria com a BenQ, Gabriel Rangel, apontou que as tecnologias podem levar estudantes a visitar desde museus até as savanas.
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