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Educação

Especialistas explicam o poder das famílias no sucesso dos estudantes

Especialistas explicam que a expectativa positiva das famílias, escolas e professores podem modificar o cérebro de uma criança


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Imagem ilustrativa da imagem Especialistas explicam o poder das famílias no sucesso dos estudantes
As educadoras Roberta e Taís Bento, mãe e filha, destacaram a importância de falar sobre a inclusão no ensino |  Foto: Divulgação/Rocio Fotografia

Com uma história pessoal marcada por desafios e superação, as educadoras especialistas na relação família e escola Roberta Bento e Taís Bento destacaram a importância de falar sobre a inclusão no ensino e o poder extraordinário dos pais na educação.

Mãe e filha estavam entre as palestrantes de sexta-feira (16), no segundo e último dia do 12º Congresso Educacional das Escolas Particulares do Espírito Santo.

O evento, realizado pelo Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), reuniu mais de mil pessoas, entre congressistas e expositores.

Roberta Bento revelou que foi diagnosticada com paralisia cerebral e tetraplegia ao nascer. Os médicos, na época, disseram aos pais que ela teria uma série de dificuldades, incluindo de aprendizagem, para falar e andar.

Só aos sete anos, após várias cirurgias que permitiram que ela andasse, é que os pais buscaram uma escola. “A diretora disse aos meus pais que não tinha como me aceitar, pois eu iria atrapalhar as outras crianças. Por sorte, meus pais nunca desistiram e conseguiram outra escola, que me acolheu”.

Após muitos anos de estudos, ela relatou que encontrou outra barreira, de que nunca poderia levar uma gravidez à frente. Mas, da perseverança, nasceu a filha Taís.

Mãe e filha destacaram a necessidade das escolas pensarem a inclusão.

“O que a neurociência cognitiva comprovou é que a expectativa positiva das famílias, escolas e professores têm um impacto tão grande a ponto de modificar o cérebro de uma criança, inclusive fisicamente. Isso aconteceu comigo”, contou Roberta.

“O meu cérebro criou rotas alternativas, contornando a área onde eu tenho a lesão, pela forma como meus pais me estimularam e como aquela escola que me aceitou quando não existia uma lei de inclusão. A escola de fato me fez acreditar que eu era tão capaz quanto todas as outras crianças”

Sucesso

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Moacir Lellis, presidente do Sinepe-ES, encerrou o congresso ressaltando que muitas experiências foram trocadas durante o evento |  Foto: Divulgação/Rocio Fotografia

No encerramento do evento, marcado pela animação dos participantes, o presidente do Sinepe-ES, Moacir Lellis, afirmou estar de “alma lavada”, diante do sucesso de mais um Congresso Educacional.

“Não é porque está escrito que o Congresso é das Escolas Particulares que é só da rede privada. Esse é um congresso da educação do Espírito Santo”.

Lellis ainda agradeceu aos presentes pelo momento. “Foram tantas experiências trocadas. Falamos sobre Inteligência Artificial, segurança, além de vários outros temas para capacitar as nossas escolas e a educação desse Estado”.

Inovações pedagógicas

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Idelfranio Moreira |  Foto: Divulgação/Rocio Fotografia

O professor especialista em Ensino e Inovações Educacionais Idelfranio Moreira falou sobre a importância de articular as inovações pedagógicas com as reais necessidades dos alunos. “Tem coisas que só o professor é capaz de fazer, que a máquina não é”.

Ele destacou, no entanto, que não há problema em usar as tecnologias como a Inteligência Artificial, porque o aluno vive um mundo diferente do passado. Mas o professor pode usar a seu favor. “Esse tempo não é melhor ou pior do que o nosso tempo. Mas o professor está sendo desafiado a repensar a prática”.

Troca de informação

“Para quem trabalha em educação é imprescindível estar sempre se atualizando. Além de possibilitar aprender com os palestrantes capacitados, congressos como esse ainda nos permitem aprender com a troca de informações. Isso é fundamental, pois, para ensinar, é preciso aprender muito”.

Rafael Galveas, vice-reitor da UVV

Sem ponto de chegada

“O autoconhecimento tem ponto de partida, mas não tem ponto de chegada. A gente aprende o tempo todo. Então, estou levando do evento muito aprendizado. Fiquei muito honrada de ver especialistas como a Isa Minatel, que foi minha aluna e hoje está brilhando. Uma das coisas que ela falou é que se a gente quer realmente colocar qualidade na educação, a gente precisa de autoconhecimento”.

Luiza Lopes, CEO da Indesp, pedagoga e especialista em PNL

Capacitação

“Todos os dias temos transformação na área da educação. Isso nos leva a uma necessidade de sempre estar nos capacitando, em especial agora com as mudanças na questão tecnológica. É fundamental buscar conhecimento com leitura e com especialistas, como estamos fazendo no congresso”.

Rafaela Emerich, diretora do Colégio Renovação

Melhor formação

“O Sinepe-ES não só traz para as escolas particulares, como para todo o ecossistema de educação, temas e eventos pertinentes. Essas temáticas vêm para agregar dentro das nossas instituições e entregar para o aluno uma melhor formação, pois não tem trabalho mais nobre do que a sala de aula”.

Tiziana Dadalto, diretora de comunic. da Escola Monteiro

Reflexão

“Esse é um momento de reflexão para educadores. Seja na educação básica ou no ensino superior, estamos todos naquela roda viva, em uma dinâmica que não nos deixa refletir muitas vezes sobre o futuro. No congresso podemos ter essa possibilidade de reflexão, conhecimento de novas tecnologias, novos métodos, além da interação, que permite compartilhar boas práticas”.

Heraclito Amancio Pereira Junior, diretor da UCL

Avançar

“Com mais de 35 anos na educação, acredito que aprender é algo para se fazer todos os dias. O congresso aborda temas que, muitas vezes, podemos esquecer no caminhar, nas dificuldades de cada dia. Agora, temos a chance de recordar e ainda de avançar”.

Irmã Rita Cola, diretora do Centro Educacional Agostiniano

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