Escolas criam projetos para formar estudantes do futuro
Inteligência artificial, equipamentos e gamificação foram alguns dos recursos apresentados em evento de educação
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Já enraizada no cotidiano das pessoas, a tecnologia também tem motivado professores e gestores a repensarem modelos educacionais.
Em escolas públicas estaduais e da rede municipal de Vitória, projetos buscam formar estudantes ainda mais conectados com o futuro.
As iniciativas e os desafios na área foram apresentados ontem, durante o Meeting Tribuna de Educação. O evento reuniu cerca de 500 educadores, especialistas e entusiastas da área.
Entre os destaques do encontro, a escritora, consultora e palestrante Martha Gabriel abordou o tema “Educação na Era Digital”.
O secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, destacou a diferença significativa da escola de hoje, se comparada há 10 anos. “Na medida em que se aprofundam os efeitos da tecnologia, essa ruptura é cada vez mais perceptível.”
Entre os projetos do governo do Estado voltados para esse cenário, ele pontuou a Escola do Futuro. De Angelo enfatizou que não se trata de uma escola futurística, mas com uma política pedagógica pensada de ponta a ponta, desde o currículo, até a formação de professores e infraestrutura, para essa direção. “Hoje, temos cinco Escolas do Futuro credenciadas e, para o próximo ano, teremos outras.”
Ele ainda falou durante o evento sobre o programa de Educação Conectada, com investimento do governo do Estado para que profissionais da educação pudessem adquirir equipamentos e internet.
“Outra ação interessante é que o uso da inteligência artificial já é realidade em muitas escolas, para correção de redações, na preparação de estudantes para o Enem”.
No evento, a secretária de Educação de Vitória, Juliana Rohsner, salientou o investimento “robusto” em tecnologia. “Compramos tablets para todos os alunos do 5º ao 9º ano do ensino fundamental e da educação de jovens e adultos. Também trocamos o parque tecnológico das escolas”.
Segundo a secretária, não é possível hoje deixar a tecnologia e a inteligência artificial de fora das escolas. “Temos muita gamificação com a matemática nas escolas. Acreditamos muito na metodologia ativa e os professores estão trazendo isso.”
Ela destacou a ampliação das escolas de tempo integral na rede, que têm uma perspectiva voltada para formação do estudante em sua integralidade.
“Temos 17 escolas de tempo integral e devemos chegar a 30 no ano que vem. Elas não têm apenas um tempo estendido de aula, mas trazemos uma cultura maker, além de escolas com laboratório de tecnologia com impressora 3D e aulas de robótica”.
O que eles dizem
Desafios
“É difícil imaginar uma sala de aula sem a tecnologia hoje, afinal, se no nosso dia a dia ela condiciona muito nosso comportamento, não é diferente no universo da escola. Mas pensar o uso da tecnologia aplicada à educação passa por desafios como, por exemplo, de que forma o professor usa isso?”.
Vitor de Angelo, secretário de Estado da Educação
Transformação
“Acreditamos que a educação é a chave da transformação. Os professores são, na sua maioria, formados já há um certo tempo e agora educam uma geração para um futuro desconhecido. Então, quais são as habilidades e as competências que nós precisamos ensinar? Esse é o grande desafio que temos pela frente. Precisamos preparar os professores para levar aos estudantes as competências modernas”.
Juliana Rohsner, secretária de Educação de Vitória
Caminho sem volta
“A Sapion apoia e acha importante a discussão sobre inserção da tecnologia dentro da sala de aula. Esse é um caminho sem volta, então, nós precisamos discutir sobre isso, para que os professores estejam preparados para essa nova geração que está chegando em sala de aula”.
Michelly Pedroni, coordenadora pedagógica da Sapion - Nova Educação
Educação moderna
“A tecnologia faz parte do nosso dia a dia e precisa, sim, estar na sala de aula. Obviamente é necessário ter equilíbrio para que a gente não perca métodos tradicionais, mas traga para essas crianças, adolescentes ou até adultos o acesso à informação com ferramentas lúdicas e que permitam uma colaboração entre os alunos. Esse debate contribui para uma educação moderna”.
Éder Lemke, diretor executivo do Sicoob Coopermais
Caminhos
“O estudante que temos na escola já está conectado nesse universo da tecnologia. Dessa forma, precisamos pensar nos caminhos para que o professor possa ter sensibilidade e estratégia metodológica para fazer essa convergência, essa liga, dar muito certo a favor da aprendizagem”.
Adriana Sperandio, servidora pública e consultora em Gestão Educacional
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