Thomas Eckschmidt: “Empresas precisam ter 'tatuagens emocionais'”
É o que afirma Thomas Eckschmidt, cofundador da Conscious Business Journey. Objetivo é alcançar uma maior conexão com clientes

Para ter uma conexão maior com os clientes, as empresas precisam de “tatuagens emocionais”, de forma a criar uma identidade que faça com que seus produtos se tornem um símbolo para as pessoas.
Esse foi um dos pontos destacados por Thomas Eckschmidt, engenheiro, consultor internacional e cofundador da Conscious Business Journey, movimento global do Capitalismo Consciente, durante entrevista ao Estúdio Tribuna Online.
Eckschmidt, que já atuou em 20 países e é coautor de diversos livros, inclusive uma publicação pela Harvard Business Review Press, conta que a cultura é um dos quatro princípios do capitalismo consciente.
“Um exemplo são as motocicletas. Ninguém sai na rua de manhã falando que precisa comprar um veículo de alto risco, mas quando o cara vai comprar uma Harley Davidson, por exemplo, ele está comprando um produto que representa uma identidade, um símbolo".

Ele cita ainda que os outros princípios são clareza de propósito, desenvolvimento como líder e reconhecimento do seu ecossistema.
“O capitalismo consciente é uma forma de se refletir sobre como melhorar a forma como operamos nossos negócios. Ao longo dos anos, observei que as empresas que aplicam esses princípios têm resultados até dez vezes acima da média do mercado, sem vender a alma para o diabo”, afirma.
Eckschmidt também afirma que a sociedade precisa pensar em ficções sociais positivas, se afastando de distopias relacionadas ao fim do mundo, para conseguir utilizar esses cenários positivos como inspiração. Ele chega a citar até mesmo o desenho animado Jetsons como exemplo prático.
Ele destaca que muita coisa da ficção científica, como nos Jetsons, se tornou realidade anos depois, como o teletrabalho, a telemdicina e máquinas que limpam a casa, e que é preciso fazer o mesmo no aspecto social.
“Precisamos começar a criar ficções sociais e nos afastar de cenários negativos, para poder pensar de que forma podemos evoluir como sociedade. Quanto mais as empresas buscarem serem melhores socialmente, mais isso se tornará uma tendência e melhor nossa sociedade será”, afirma.
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários