Tarifaço de Trump: Casagrande se reúne com Alckmin e apoia diálogo
Governo no entanto vai negociar antes de tomar qualquer medida. E criou um comitê com empresários para buscar estratégias
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Em Brasília, o governador Renato Casagrande se reuniu na última segunda-feira (14) com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, para tratar sobre as tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre os produtos importados do Brasil, previstas para entrar em vigor no dia 1º de agosto.
“Eu manifestei o meu apoio à posição brasileira em defesa da soberania nacional. Nenhum país pode interferir no funcionamento das instituições de outro país. E, ao mesmo tempo, reforcei a minha posição de que o Brasil deve buscar uma negociação com o governo americano”, destacou.
Ainda segundo ele, o governo brasileiro está buscando a interlocução com o setor empresarial. “Que o setor empresarial daqui possa fazer a interlocução com o setor empresarial dos Estados Unidos, ajudar nessa negociação. Eu reafirmei essa posição importante para proteger empregos no Brasil, proteger empregos no Espírito Santo.”
Ele também falou sobre a realidade no Estado quanto às exportações. “Quase 30% daquilo que exportamos, a gente exporta para os Estados Unidos. Então, é uma posição importante. O comércio internacional para o Espírito Santo é muito importante. Nós estamos aqui voltados para buscar, de fato, essa negociação e defendendo essa negociação.”
Duelo
Casagrande voltou a reafirmar que é contra guerra tarifária. “Se, por acaso, não tiver negociação, aí o Brasil vai verificar o que faz lá na frente. Eu sou contra, naturalmente, um duelo de tarifas. Saca a tarifa de lá, saca a tarifa de cá. Então, primeiro é a negociação. Se não tiver negociação, ver qual a melhor medida para poder ter menor prejuízo para a economia brasileira e para a economia do Espírito Santo.”
Suco de laranja já está mais caro nos EUA

Os contratos futuros de suco de laranja subiram para o maior nível em quatro meses em Nova York diante das crescentes preocupações de que a ameaça do presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros restrinja o fornecimento aos EUA.
O contrato mais ativo subiu até 8,7%, para US$ 3,1385 por libra-peso, o maior nível intradiário desde 6 de março.
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