Pequenos negócios abrem 77% dos empregos no ES
Do total de 3.560 empregos criados, as empresas menores foram responsáveis por 2.744 postos de trabalho, em fevereiro
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As micro e pequenas empresas capixabas seguem impulsionando a criação de empregos no Espírito Santo, tendo sido responsável por 77% dos postos de trabalho em fevereiro.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES).
Do total de 3.560 empregos gerados no Estado em fevereiro, os pequenos negócios foram responsáveis por 2.744 postos de trabalho, com destaque para os setores de construção civil e serviços .
As micro e pequenas empresas capixabas continuam sendo expressivas quanto à criação de empregos, segundo o superintendente do Sebrae-ES, Pedro Rigo.
“Nós vamos seguir trabalhando para que elas sejam referência para a economia capixaba, oferecendo apoio e todo suporte necessário para o seu melhor desenvolvimento econômico e social”, destacou.
Os dados representam o dinamismo da economia capixaba, segundo o vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-ES), José Carlos Bergamin.
“Pequenos negócios ou serviços se desenvolvem, especialmente, devido a outros empreendimentos maiores que utilizam as pequenas empresas para fornecer serviços ou produtos”, afirmou.
Bergamin diz que são os pequenos negócios que garantem a grade maioria dos empregos.
“Todavia, as grandes, são, também, estratégicas para a boa empregabilidade, pois contratam muitos serviços e adquirem produtos das pequenas empresas”.
Essa conjugação de sinergias garante o dinamismo econômico, os empregos e a renda que promove o consumo e a melhoria social, segundo Bergamin.
Diretor-técnico da Federação das Associações de Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Empreendedores Individuais do Estado (Femicro-ES), Rodrigo Sangali reforça que as micro e pequenas empresas têm criado muitos empregos e são uma parte importante da economia capixaba.
“É visível o crescente número de micro e pequenos empresários e isso é muito importante. Mas ainda assim vejo que temos dificuldade para contratar, por falta de mão de obra qualificada”, diz.
Para melhorar esse quadro, Sangali diz que é preciso ter maior incentivo à educação e também interesse próprio da população em se qualificar.
Carteira assinada para 4.449 em março
O Estado teve saldo de 4.449 empregos com carteira assinada em março, informou ontem o Ministério do Trabalho e Emprego. O dado consta do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e representa o saldo líquido (contratações menos demissões) da criação de empregos formais.
Ao todo, foram registrados 46.457 contratações e 42.008 demissões. Somados os três primeiros meses do ano, o saldo é de 9.772 postos de trabalho criados.
Os números são muito positivos em vista dos meses anteriores, segundo o superintendente regional do Ministério do Trabalho no Estado, Alcimar Candeias.
“Estamos em crescimento, com ganho de 0,54% em março. Representa um quadro bastante expressivo para o Estado. São números que representam a redução do desemprego, e com isso renda para esses trabalhadores”, afirma. No acumulado do ano, o crescimento é de 1,19%, segundo dados do Caged.
Entre os grupos que mais se destacam estão serviços e construção civil. Somados, os dois criaram 3.173 vagas de emprego do total.
Segundo Candeias, o resultado da construção civil é um bom sinal. “É um setor que está em crescimento e vai puxando todos os outros, no ciclo econômico e com isso na criação de empregos”.
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Setor de serviço foi o destaque
Criação de empregos em março no Estado
Foram criados 4.449 postos de trabalho no Estado. Foram 46.457 admissões e 42.008 desligamentos. Todos os setores tiveram saldo positivo no mês.
O setor de serviços foi o que mais criou vagas, com 1.890, segundo pela construção civil, com 1.283 oportunidades criadas.
A indústria teve 974 vagas, o comércio 188 vagas e a agropecuária 114 vagas criadas.
Do total de empregos criados, os municípios da Grande Vitória, foram responsáveis por 2.316 vagas.
Foram 1.661 vagas na Serra, 701 em Cariacica, 160 em Vitória e 9 em Viana. Os municípios de Vila Velha, Fundão e Guarapari fecharam 215 postos de trabalho.
Acumulado do ano
Foram criados 9.772 postos de trabalho no Estado. Foram 126.082 admissões e 116.360 desligamentos.
O setor de serviços foi responsável por 5.447 vagas, o de construção civil por 3.219 vagas, a indústria por 1.853 vagas, a agropecuária por 201 vagas, e o comércio é o único com dado negativo: -998 vagas.
Criação de empregos em março no Brasil
Foram 195.171 empregos criados no País. Ao todo foram registrados em março 2.168.418 contratações e 1.973.247 demissões.
O resultado representa uma alta em relação a março do ano passado, quando foram criados 98.786 mil empregos formais. A alta, nesta comparação, foi de 97,6%.
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
análise
“Conseguem ofertar bons salários”
"O nicho de micro e pequenas empresas consegue criar um número muito grande de empregos e contemplar uma grande camada de colaboradores, em grande parte dos casos que não exige um grau elevado de escolaridade, e há empresas que conseguem ofertar bons salários.
São setores que não há grandes barreiras para iniciar um negócio e que se consegue até com poucos recursos.
No arranjo produtivo local, há núcleos como de rochas em Cachoeiro e de indústria moveleira em Linhares, que fazem que com surjam demandas para as micro e pequenas empresas", diz Ricardo Paixão, economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon-ES).
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