Pequenas empresas do ES superam as do Rio de Janeiro em criação de emprego
Não teve também para São Paulo e Minas Gerais: o Espírito Santo foi o 1º no Sudeste do País em contratações por pequenos negócios
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Assumindo a liderança na região Sudeste, o Espírito Santo superou São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais no saldo de empregos criados por micro e pequenas empresas, em junho.
O levantamento foi realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Espírito Santo (Sebrae-ES), a partir de dados do Sistema do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do governo federal.
Os dados revelam que o Estado teve 3.462 novos postos de trabalho no sexto mês do ano. A cada mil empregados, esse saldo equivale a 8,62. No Brasil, o índice foi de 6,05, e na região Sudeste ficou em 5,72.
No acumulado de janeiro a junho, o Estado registrou 14.770 novas vagas de emprego entre as micro e pequenas empresas, enquanto as médias e grandes empresas foram responsáveis pela criação de 9.193 postos de trabalho.
Para Pedro Rigo, superintendente do Sebrae-ES, os resultados do primeiro semestre mostram a força das micro e pequenas empresas na geração de empregos e também refletem o bom momento que a economia capixaba atravessa, o que permite a expansão de setores-chave, como serviços e comércio.
As principais ocupações que estão elevando e colocando o saldo de empregos na região Sudeste em destaque são dos setores de serviços, da indústria de transformação, comércio e construção civil.
Olhando para os setores, Pedro Rigo cita uma série de ocupações que são inerentes a essas vagas que estão sendo disponibilizadas, como engenheiros, pedreiros, armadores, pessoas da área de construção civil, atendentes de comércio, gerentes, camareiras do setor de serviços que são a rede de hotelaria, e outros.
O empresário Alfredo Kiefer, da Kiefer Moda Masculina, tem duas lojas em Campo Grande, Cariacica, e recentemente contratou quatro funcionários: caixa, vendedor e na área administrativa.
“Tenho 22 anos de história e o Sebrae tem me auxiliado nessa trajetória de negócios, dando suporte e consultorias”.
RAIO X PEQUENAS EMPRESAS
Empresas ativas
> No Espírito Santo há 59.824 empresas ativas no segmento de turismo, o que corresponde a 11,45% das empresas ativas no Estado.
Total de empresas de turismo
> A região metropolitana tem o maior número de empreendimentos da cadeia do turismo. Confira:
> Região Metropolitana 29.895
> Sul 10.281
> Central 9.312
> Norte 5.380
> Serrana 2.821
> Caparaó 2.135
Ocupações (formais e informais)
> 195.510 é o número de pessoas ocupadas com o setor do turismo no Espírito Santo, com rendimento médio de R$ 2.632,81 .
Algumas tendências turismo
> Turismo de luxo: viagens exclusivas e serviços em alta qualidade
> Viagens imersivas e turismo criativo
> Turismo gastronômico
> Turismo de natureza, rural e de aventura
> Turismo sustentável.
Cenário base de investimentos
> R$ 50 milhões de recursos próprios (2024-2026).
Fonte: Sebrae-ES
Busca de investidores para turismo
Abrangendo uma diversidade de negócios como bares, restaurantes, artesanatos, agências de viagens, hospedagens, entre outros, os empreendimentos de turismo estão em crescimento no Estado. Mas a busca de investidores, bem como a capacitação, é constante.
Relatório de Dados do Segmento de Turismo do Sebrae-ES, atualizado em junho deste ano, mostra, por exemplo, que o turista que escolhe o Espírito Santo como destino deseja escapar da rotina, experimentar novos sabores, mergulhar em culturas, criando memórias ao longo das viagens.
Para recepcioná-lo, a capacitação dos empreendedores é fundamental, o que é feito pelo Sebrae. “A partir deste ano, os empreendedores da cadeia do turismo no Estado estão recebendo atenção especial do Sebrae-ES, com 40% do atendimento presencial destinado a esses negócios”, destaca Pedro Rigo, superintendente do Sebrae-ES.
Além disso, ele conta que nos próximos três anos, será investido R$ 50 milhões em programas de capacitação voltados para microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte nesse segmento, valor que poderá saltar para R$ 80 milhões, com mais parceiros.
“Acreditamos que o turismo tem um enorme potencial para se transformar em uma das principais matrizes econômicas do Estado”.
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