Multinacional estuda fazer novo estaleiro no Espírito Santo
A M.A.R.S. assinou um documento para pesquisar viabilidade de uma instalação para desmontar e reciclar navios no Sul capixaba
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A multinacional Modern American Recycling Services (M.A.R.S.) realiza estudos para implantar um estaleiro na região Sul do Espírito Santo.
A empresa assinou um documento chamado Memorando de Entendimentos (MoU, na sigla em inglês) com o Porto Central, empreendimento planejado para o município de Presidente Kennedy.
O instrumento foi assinado pela subsidiária europeia do grupo, que é originário dos Estados Unidos, mas tem unidade industrial na Dinamarca, por exemplo.
A multinacional atua para o ramo de petróleo e gás e se define, em sua página na internet, como “empresa líder em reciclagem e descomissionamento que fornece suporte completo ao ciclo de vida no descomissionamento, desmontagem e reciclagem em larga escala de plataformas de todos os tipos de embarcações”.
Informe enviado pelo Porto Central à imprensa comunica que a parceria com a M.A.R.S. visa “realizar pesquisas aprofundadas para apurar a viabilidade e os potenciais benefícios de um projeto desse tipo no Sul capixaba, reforçando um compromisso com práticas sustentáveis ??e desenvolvimento econômico”.
Diz ainda que, juntas, as empresas, definidas no material como “líderes em logística, construção e serviços marítimos”, acumulam experiência, inovação e trabalho, preparando o terreno para uma colaboração inovadora a fim de explorar a viabilidade de um estaleiro de reciclagem e descomissionamento de navios no novo porto.
O valor do investimento, o tamanho do projeto e o número de empregos ainda não foram informados. Mas o comunicado destaca “o impacto econômico imediato, criação de emprego e geração de receitas” com o empreendimento.
“O projeto proposto oferece inúmeros benefícios para a comunidade local, economia e meio ambiente. Em termos de escopo e impacto, o estaleiro terá potencial para transformar e influenciar positivamente as áreas de influência direta e indireta. Isso porque, além da estrutura em si, o projeto contempla instalações, serviços e programas de envolvimento comunitário relacionados”, diz o comunicado.
A previsão é que o descomissionamento — ou desmontagem — de plataformas movimente R$ 2,45 bilhões no Espírito Santo entre 2022 e 2026, segundo o Bandes.
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