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Economia

Mais de dois anos de espera na fila para comprar lancha no ES

Pandemia fez disparar a procura no Espírito Santo, onde é preciso aguardar pelo menos seis meses por uma embarcação nova


Imagem ilustrativa da imagem Mais de dois anos de espera na fila para comprar lancha no ES
André Portugal, broker áutico (vendedor) |  Foto: Leone Iglesias/AT

Após ter tomado impulso durante a pandemia, o mercado de embarcações segue a todo vapor no Estado e no País. A demanda tem sido tanta que a pronta-entrega praticamente zerou, e a fila de espera para alguns modelos chega a mais de dois anos.

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Segundo o broker náutico (vendedor de embarcações) André Portugal, a pandemia despertou desejos adormecidos em diversos capixabas. Ele explicou que, assim como o sonho da casa própria, muitos brasileiros resolveram transformar em realidade o desejo de ter a sua própria lancha.

“A fila pra comprar embarcação está igual à fila da porsche, pode ser necessário esperar entre seis meses a dois anos e meio. Com as embarcações não é diferente. Depende do modelo”, relatou.

Presidente da Associação Brasileira de Construtores de Barcos e Implementos (Acobar), Eduardo Colunna afirmou que o aumento da demanda começou no segundo semestre de 2020. Ele relata que, durante a pandemia, o barco serviu como forma de isolamento para muitas famílias.

“(Há fila) para barcos acima de 24 metros, que são pouquíssimos produzidos no Brasil. É natural a espera, até porque são barcos personalizados que levam meses na sua construção”, explicou.

Empresário de Vila Velha, Renato Rodrigues conhece bem a ansiedade de quem precisou aguardar meses até conseguir navegar pela primeira vez com a própria lancha.

“Na hora da compra eu soube que iria demorar um ano até receber. Ela chegou há 15 dias do estaleiro no Sul do País. Depois de um ano esperando, foram mais cinco dias até ela chegar”, narrou.

Colunna destacou que 70% das vendas de embarcações se referem as que possuem entre 16 e 40 pés (cinco a 12 metros). Além disso, ele também lembrou que o mercado de embarcações usadas também teve um aquecimento.

Luiz Henrique Casagrande também é broker náutico e explicou que quanto maior ou mais customizado for a lancha, mais tempo ela pode demorar a chegar. O lado positivo, segundo ele, é que os fabricantes atualizam os compradores sobre andamento da produção e até enviam fotos.

“São várias possibilidades. Há como colocar sistema de TV por assinatura, máquinas de gelo ou de chope. Tem gente que coloca churrasqueira, geladeira, TV de 60 e 80 polegadas. Há estaleiros que oferecem até tapeçarias de luxo”.

CONDIÇÕES

Ventos e resistência

“Nas crises, enquanto uns choram, outros vendem os lenços”. Foi com esta citação de origem desconhecida que o broker náutico André Portugal exemplificou o efeito da pandemia no mercado náutico.

Quanto às vendas do setor no Estado, o vendedor explicou que as condições do Espírito Santo exigem embarcações com cascos mais resistentes.

“Temos ventos fortes na maior parte do ano, então os barcos que vêm para Vitória precisam ser mais fortes. As lanchas mais vistas por aqui possuem entre 21 a 41 pés (6 a 12 metros)”.

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Com grande potencial de movimentar outras cadeias da economia, do turismo e do comércio, brokers náuticos relatam que o Estado carece de investimentos e melhorias para o setor.

De acordo com o vendedor de embarcações Luiz Casagrande, a região metropolitana de Vitória carece de uma marina pública para receber eventuais navegantes que passam pela região.

“Muitos veleiros quando vêm de outros estados acabam passando por aqui. Outros param na capital para reabastecer. Tendo uma marina pública, muitos que estiverem de passagem vão acabar consumindo. Seja em supermercado, restaurante, ou hotel”, explicou.

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Imagem ilustrativa da imagem Mais de dois anos de espera na fila para comprar lancha no ES
Luiz Henrique explicou que, quanto maior ou mais customizada a lancha, mais tempo ela pode demorar. O lado positivo, diz ele, é que os fabricantes atualizam os compradores sobre andamento da produção e até enviam fotos |  Foto: Leone Iglesias/AT

CUSTOMIZAÇÃO

Hobby com família e amigos

O empresário Josildo Amorim, de 51 anos, começou a passear de lancha há cinco anos. Este foi o início da história do seu novo hobby, o qual divide com a família e amigos.

 “Foi quando descobri o prazer da navegação. Isso me fez sentir bem e livre. O desejo de ter uma lancha estava nos meus projetos de realizações”, relata.

Ele conta que, na época em que adquiriu, optou por um modelo que já estava para pronta entrega. 

“Adquirir uma embarcação é muito tranquilo. Basta você ter um pouco de conhecimento. Quanto a customização, o mercado oferece uma ampla gama de acessórios”

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|  Foto: Divulgação

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