Inteligência artificial será a era de ouro do computador
Equipamentos serão mais potentes, com previsão de que, em dois anos, haja uma grande revolução, com um novo conceito e uma nova forma de uso
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"A rápida evolução da inteligência artificial está pavimentando o caminho para uma nova era de computadores cada vez mais sofisticados e autônomos. As próximas gerações de máquinas prometem revolucionar a maneira como interagimos com a tecnologia e como ela se integra ao nosso cotidiano.”
O parágrafo acima foi escrito pelo próprio ChatGPT, chatbot — espécie de robô — criado pela OpenAI, que dá à sociedade um aperitivo do futuro dos computadores, com inteligência artificial.
O presidente mundial da Lenovo IDG, Luca Rossi, prevê uma nova era de ouro para o setor. Em entrevista ao jornal Valor, ele destacou: “Será um conceito completamente novo de como usar o computador”.
A inteligência artificial destacada por ele é a generativa, que se caracteriza por criar novas informações a partir das já existentes, como textos e imagens.
A marca aposta em chips mais potentes capazes de processar 40 trilhões de operações por segundo, somado a novas tecnologias sendo desenvolvidas, vislumbra uma grande revolução em dois anos.
Ela envolve trazer serviços de inteligência artificial que rodam na nuvem para o computador.
Com computadores ultrapotentes, será possível reduzir a dependência da nuvem, sem abrir mão da inteligência artificial.
Especialista no tema e professor da unidade de computação e sistemas da Faesa, Howard Roatti, destacou que com a inteligência artificial embarcada nos programas, os consumidores terão mais capacidade analítica em relação às informações.
“Hoje não podemos deixar a tomada de decisão com o ChatGPT, com o Bard (chatbot desenvolvido pela Google). Trabalhamos em conjunto com o humano. Essa capacidade de fazer melhores análises e entregas, tende a melhorar.”
Segundo ele, vai mudar a arquitetura dos computadores, a forma como ele compreende as informações e a forma como ele funciona.
O professor de pós-graduação em Informática da PUC-PR André Hochuli explicou que a inteligência artificial generativa é a recente geração de conteúdo, que pode ter vasta aplicação. “Até nas tarefas intelectuais, você passa a ser mais um revisor do que um criador de conteúdo”.
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Inteligência artificial nos computadores
A próxima geração de computadores tende a trazer os serviços de inteligência artificial que rodam na nuvem para o próprio computador. O consumidor vai definir o que seguir na nuvem e o que pode ficar na máquina, sem abrir mão da inteligência artificial.
A mudança pode reduzir a preocupação com a privacidade de dados. Além disso, a diminuição da dependência em relação à nuvem contribui também com a redução do gasto energético nos centros de dados.
Arquitetura de computadores
Os fabricantes de processadores têm utilizado a própria inteligência artificial para criar novas arquiteturas de computadores e chips para computação, conforme o especialista no assunto Howard Roatti. A ideia é pegar a inteligência artificial aplicada e criar novas maneiras de fazer a computação.
Como o computador funciona
A forma como o computador funciona vai mudar. Hoje o programador, quando cria um software, cria um conjunto de regras. A inteligência artificial não tem essas regras criadas pelo programador. Ela funciona como os seres humanos na infância, que veem os adultos fazendo alguma coisa e começam a imitar essas ações até que tomam posse delas e aprendem.
A inteligência artificial faz a mesma coisa. Você passa os dados para ela e, a partir deles, ela gera dados melhor que o programador.
Como o computador compreende as informações
O computador funciona conforme estabelecido em sua programação. Com a chegada da inteligência artificial, não é necessário um conjunto de regras criadas pelo programador para ele entender o que está acontecendo. Ele entende o conceito e constrói as regras em cima dos padrões que reconhece.
Mercado
No Brasil, a venda de computadores caiu no primeiro trimestre deste ano. De acordo com a IDC Brasil, os fabricantes venderam 1,86 milhão de computadores no País nos três primeiros meses deste ano, uma queda de 6,3% em relação aos três primeiros meses do ano passado.
Entre os motivos apontados está o desaquecimento corporativo. “A desaceleração é reflexo do fator macroeconômico e o cenário desfavorável com a expectativa de um novo plano de regras fiscais a ser apresentado pelo governo federal”, disse a consultoria em comunicado. A expectativa é de que as vendas cresçam nos próximos meses.
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