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Economia

Inadimplência das famílias do ES é a menor desde 2022

Pesquisa da Fecomércio aponta que número de consumidores com contas em atraso caiu pela sexta vez seguida no Estado


Imagem ilustrativa da imagem Inadimplência das famílias do ES é a menor desde 2022
No ES, inadimplência é a menor desde julho de 2022 |  Foto: © Divulgação/Canva

O Espírito Santo vem se destacando positivamente no cenário nacional quando o assunto é capacidade de pagamento. Famílias estão quitando contas, e a inadimplência é a menor desde julho de 2022 no Estado.

É o que revelam dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), com base nos dados coletados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada neste mês.

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O estudo mostra que 33,9% das famílias estavam com contas em atraso em março, uma queda em relação ao mês anterior de 2,8%. Ana Carolina Júlio, pesquisadora responsável pelo Eixo Observa do Connect Fecomércio-ES, explica que, de outubro de 2023 a março deste ano, é a sexta queda seguida.

Imagem ilustrativa da imagem Inadimplência das famílias do ES é a menor desde 2022
Ana Carolina Júlio, pesquisadora |  Foto: Divulgação/Diego Alves

São vários fatores que justificam esse cenário. Fazendo um recorte do final do ano passado até agora, ela cita o 13º salário; as férias; Programa Desenrola Brasil – do governo federal –, com os feirões de negociação. Outro aspecto é a taxa de desemprego (formal e informal).

“Fechamos o ano com o mercado de trabalho aquecido. O Estado fechou 2023 em 5,7%, a menor desde 2012, quando a série histórica começou, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)”.

Outro olhar refere-se a economia capixaba, sobretudo os setores de bens e serviços, que empregam 70% dos capixabas. “Com a renda, as famílias conseguem se organizar e manter o crédito”.

Para o empresário José Carlos Bergamin, vice-presidente da Fecomércio-ES, o Estado vem se descolando da média País em muitos indicadores econômicos e sociais.

“A inadimplência em declínio em um período do ano que historicamente cresce, traduz a estabilidade sólida da nossa economia, em um ambiente com salários em alta devido a escassez de mão de obra, alto nível de empregabilidade tanto no comércio como nos serviços, micros, pequenas e MEI com muita demanda de trabalho”, disse.

E complementou: “Esse quadro faz nexo com os grandes empreendimentos que o Estado atrai e criam uma sinergia positiva, otimista, tudo alinhado com o setor público bem administrado que traz segurança para os empresário investirem cada vez mais”.

Tendência deve ser mantida?

Será que a tendência é manter o Espírito Santo nessa condição favorável? No entendimento da pesquisadora responsável pelo Eixo Observa do Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio, isso é possível. “O programa Desenrola, por exemplo, vai além de renegociação de dívidas. Ele também conta com plataforma de educação financeira”.

José Carlos Bergamin, vice-presidente da Fecomércio-ES, ressalta que é da natureza do capixaba cumprir o que promete e só assumir compromissos que pode honrar.

“Eles se esforçam para manter o ‘nome limpo’, manter o crédito e, quando o ambiente econômico proporciona as oportunidades de emprego e renda, as pessoas compram mais usando o crédito. O sistema de crédito via cartões e o comércio, diante da estabilidade da economia e redução dos juros e da inflação, conseguem ampliar as prestações facilitando a compra”.

Já o comerciante Eugênio Martini, que herdou uma dívida de R$ 450 mil com cheques sem fundo há cerca de 15 anos, prefere cautela.

Por conta desse prejuízo, ele passou a receber pagamentos apenas em dinheiro, cartão ou Pix. “O programa Desenrola, de fato, ajudou algumas pessoas a saírem da inadimplência, via promoções, descontos e até perdão em parte da dívida, mas o empresário acabou perdendo também, pois não teve o crédito restabelecido em sua integralidade”.

Diante disso, ele diz que é preciso aguardar e ver se essas pessoas não irão voltar a se endividar. “Será que esse crédito não será momentâneo? Essas pessoas não vão voltar para a inadimplência?”, questiona.


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Resultados

Em março deste ano, 89,1% das famílias capixabas haviam assumido algum tipo de compromisso financeiro (endividamento), mostrando uma queda de 1,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

Quanto ao indicador de inadimplência, 33,9% das famílias estavam com contas em atraso, mostrando também uma queda em relação ao mês anterior de 2,8%, menor nível desde julho de 2022.

Além disso, representou a sexta queda consecutiva do índice.

Já o indicador das famílias que afirmaram que não terão condições de pagar suas dívidas em atraso no próximo mês mostrou recuo de 1,4%, passando a 20,1%.

Dados

Os dados da pesquisa foram coletados em âmbito nacional pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e disponibilizados às Federações estaduais para a elaboração das análises de seus estados.

A amostra é de, no mínimo, 500 famílias no fluxo do município de Vitória (exceto pessoas de outros estados);

Pelo tamanho da amostra é possível utilizar-se da inferência estatística, que consiste de um procedimento para fazer generalizações sobre as características de uma população a partir da informação contida numa amostra, para analisar sob a ótica do Espírito Santo.

O que está acontecendo?

No caso do Espírito Santo, o contínuo desempenho positivo do mercado de trabalho formal (Caged) foi essencial para nesse contexto: o saldo positivo entre contratações e demissões em fevereiro foi de 4.754 postos de trabalho com carteira assinada.

Outro resultado importante é a taxa de desemprego (formal e informal) que, no Estado, fechou 2023 em 5,7%, sendo a menor desde 2012, quando a série histórica começou.

A taxa ficou abaixo da média nacional, de 7,8%, foi a menor da região Sudeste e a 7ª menor taxa entre as 27 unidades da federação.

Além disso, a queda nas taxas de juros impactou esse cenário, já que os juros nas parcelas e no valor total da dívida diminuem, o que contribui na busca por colocar as dívidas atrasadas em dia. Esse conjunto de fatores traz boas perspectivas para o consumo futuro.


Número de consumidores com nome sujo ainda é alto

Apesar dos números, o Espírito Santo ainda conta com muitas pessoas inadimplentes.

Dados mais atuais, de março deste ano, revelam que 773.958 está com registro no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

Já o total de registros é de 2.321.873, já que uma pessoa pode ter um ou vários registros.

Entre os consumidores reincidentes no Espírito Santo (84,07%), o tempo médio decorrido entre o vencimento de uma dívida e o vencimento das demais é de 85,8 dias, ou seja: depois de 2,9 meses (em média) do vencimento de uma dívida negativada, logo vence outra dívida.

A abertura por faixa etária dos devedores reincidentes mostra que o número de reincidentes com participação mais expressiva no Espírito Santo em março foi da faixa de 40 a 49 anos (25,75%).

A participação dos devedores reincidentes por sexo segue bem distribuída, sendo 51,82% mulheres e 48,18% homens.

Análise

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George Alves, vice-presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB-ES |  Foto: Divulgação

“Consumo deve ser responsável”

“É muito importante essa redução do índice de inadimplentes e a perspectiva é de aumento nas vendas. Mas é fundamental que o consumidor adote mecanismos consciente de educação financeira, de modo a preservar o patrimônio e renda familiar.

A gente sempre orienta às pessoas para que o consumo seja responsável. Por isso, importante definir antecipadamente o que deseja comprar e o quanto pode gastar, pesquisar preços em diferentes estabelecimentos, pois eles podem variar bastante de uma loja para outra.

Escolher com calma, verificando atentamente a real necessidade de comprar determinado produto. Assim, o consumidor consegue tomar a decisão sem prejudicar suas finanças e de forma equilibrada”.

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