Estudo para nova ferrovia até Anchieta deve ficar pronto até o início de 2024
Projeto prevê a extensão da Estrada de Ferro Vitória a Minas entre as cidades de Santa Leopoldina e Anchieta
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O governo do Estado e mineradora Vale avançaram um passo na elaboração do projeto do Ramal Anchieta, uma extensão da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) entre Santa Leopoldina, na região Serrana do Espírito Santo, até Anchieta, município no Sul capixaba. Nesta quarta-feira (12), no Palácio Anchieta, em Vitória, foi feita a apresentação do cronograma para a implementação do ramal.
De acordo com o governo, o projeto prevê uma linha tronco com extensão de cerca de 80 quilômetros e uma conexão com o Porto de Ubu, em Anchieta, e pátio ferroviário, totalizando aproximadamente 20 quilômetros de extensão.
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Desde 2020, a Vale vem realizando estudos técnicos como topografia, sondagem e análise geofísica, social e ambiental ao longo do traçado por onde deve passar a ferrovia.
O projeto básico já foi concluído para o trecho da linha tronco e está em desenvolvimento o trecho de conexão com Ubu. A previsão da empresa e do governo é de que, até o início de 2024, com a conclusão dos estudos, a Vale deve entrar com o pedido de Licenciamento Ambiental Prévio e também realizará estudos complementares para obter a Licença de Instalação.
“Avançamos muito no desenvolvimento do projeto, que vem sendo acompanhado por um grupo de trabalho coordenado pelo Governo do Estado e composto por representantes de órgãos públicos, da Federação das Indústrias (Findes), do ES em Ação e da Vale. A partir do momento em que tivermos todas as licenças e a liberação das áreas para as obras, o prazo de implantação da ferrovia é de cerca de 60 meses”, destacou o diretor de Assuntos Regulatórios da Vale, Marcelo Sampaio.
Em seu discurso, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, agradeceu a mineradora pelo projeto e ressaltou o trabalho conjunto. “Nós queremos juntos fazer o desenvolvimento do Espírito Santo. Geramos mais empregos e crescemos acima da média nacional. Não é o governador sozinho que faz isso. É o resultado da ação de todos nós”, disse Casagrande.
E completou: “A Vale é uma potência mundial que está assumindo um compromisso público de fazer a ferrovia. A partir de agora tem cronograma, prazo e todos nós podemos ajudar. Os gargalos agora são as desapropriações e licenças ambientais. Os prefeitos podem nos ajudar muito na questão das desapropriações. Vamos fazer nossa parte para dar suporte para a empresa iniciar o mais rápido possível as obras.”
Além de construir o Ramal Anchieta, a mineradora se comprometeu, de forma voluntária, a doar o projeto básico da Ferrovia Kennedy, um trecho de 87 quilômetros que liga o Ramal Anchieta até o município de Presidente Kennedy, no Sul do Espírito Santo.
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