Especialistas dizem que é hora de investir em imóveis
Eles apontam vários fatores para apostar neste investimento, como valorização do aluguel, cortes na taxa Selic, entre outros
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Por ser considerado um meio seguro de investimento, a aposta em imóveis tem chamado cada vez mais atenção dos empresários no Espírito Santo. Isso é o que dizem os especialistas do ramo imobiliário, que justificam que essas apostas fazem com que o Estado seja um dos que mais crescem nesse tipo de investimento.
Segundo o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado do Espírito Santo (Ademi-ES), Eduardo Fontes, o fator de escassez de terrenos, principalmente na Grande Vitória, acaba chamando atenção.
“É um fator primordial para que essa valorização imobiliária continue acontecendo. Até o final do ano a taxa Selic já deve sofrer os primeiros cortes, então é interessante que as pessoas se posicionem em imóveis o quanto antes”, comentou.
A tendência, segundo os especialistas do ramo, é de que o rendimento da aplicação financeira deve diminuir a partir dos cortes na Selic. Além disso, outro fator importante para a valorização dos imóveis, segundo Fontes, é a alta nos preços de aluguéis.
“O preço subiu muito, e é difícil rever isso sem que tenhamos uma produção de imóveis grande, coisa que não estamos vendo por conta da escassez de terrenos. O momento é importante para se investir, ainda mais para quem pensa a médio e longo prazo”, ressaltou.
Essa opinião também é compartilhada por Diovano Rosetti, advogado do ramo imobiliário. Segundo o especialista, por conta do alto déficit habitacional, investir em imóveis acaba sendo rentável a médio prazo.
Dentre os municípios mais promissores para investir em imóveis na Grande Vitória estão, além da própria capital, Vila Velha e Serra.
De acordo com Rosetti, em Vitória, Jardim da Penha, Jardim Camburi, Santa Lúcia, Praia do Canto e recentemente Bento Ferreira têm sido os locais mais procurados quando se pensa em investir em imóveis.
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Já em Vila Velha, aparecem os bairros que ficam localizados na orla da cidade, como Praia da Costa, Itapuã e Itaparica.
Ultimamente, segundo Rosetti, os investimentos imobiliários da Serra têm chamado atenção, principalmente em Laranjeiras. O local tem sido visto pelos especialistas como um dos que mais se desenvolveram nos últimos anos.
Programa permite comprar usados
Uma das novidades que englobam a nova versão do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, relançado pelo governo federal na terça-feira, é a possibilidade das famílias conseguirem adquirir imóveis usados.
No formato anterior do programa social, era possível ter acesso somente às novas residências.
Essa categoria estará disponível para as famílias que possuam renda entre R$ 2.640 e R$ 8 mil mensais. Caso isso seja comprovado, o financiamento para garantir a casa ou o apartamento poderá ser subsidiado com recursos do FGTS, tendo menos taxas de juros.
De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Douglas Vaz, o subsídio irá variar de acordo com a renda exata da família, a composição familiar e a localização do imóvel.
“A taxa de juros do financiamento também varia, podendo ir de 4,25% a até 8,66% ao ano, dependendo do caso. O prazo máximo de financiamento é de 35 anos.
Ainda segundo Vaz, o setor da construção civil enxerga a novidade de forma positiva, porém existem ressalvas.
“Essa novidade chega para ser usada em casos urgentes, quando as famílias realmente não têm para onde ir. Apesar disso, sabemos que o que cria empregos e gera renda é a construção de novas unidades”, comentou o presidente do Sinduscon-ES.
Além disso, o novo programa incluiu outras frentes para ampliar o acesso à moradia, como reforma e aluguel social.
“Mercado imobiliário de Vitória valoriza entre 10 a 15% ao ano”
“Se nós analisarmos os três tipos de classes consumidoras que existem no Estado, podemos apontar que o mercado imobiliário capixaba foi um dos que mais valorizaram no Brasil nos últimos anos.
Isso aconteceu porque Vitória, por exemplo, tem um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) alto, sendo uma capital menor e, portanto, possuindo certa tranquilidade para se viver.
Além disso, dentro da região da Grande Vitória, existe uma influência direta da economia do interior, pois as pessoas de lá acabam procurando moradia para seus filhos estudarem nos grandes centros, ou até uma segunda moradia para a família.
Somando todos esses fatores e também a certa escassez de terrenos, acabamos tendo uma valorização. Em determinados bairros da Grande Vitória, existe alta valorização, pela falta de terrenos para construção.
O mercado imobiliário de nossa capital, por exemplo, valoriza em torno de 10 a 15% ao ano.”
Gilmar Custódio,Vice-presidente Jurídico da Ademi-ES
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