“Fazer arte com as mãos é maravilhoso”, diz artista plástica
O quadro “Mulheres que Inspiram” apresenta histórias capixabas reais de sucesso e de superação de dificuldades
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"Mulheres que Inspiram” é um produto semanal do jornal impresso e digital, on-line, de TV e rádios da Rede Tribuna, que pretende dar visibilidade ao forte espírito empreendedor e criativo feminino. O quadro apresenta histórias capixabas reais de sucesso e de superação de dificuldades, destacando mulheres de negócios nas mais diferentes áreas.
Nesta primeira edição, a entrevistada é a artista plástica Paoletti Avellar.
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Formada na Ufes, ela fundou e dirigiu a Oficina Artes de Vitória durante 19 anos, é diretora de Cultura do Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura do ES (Cemec) e possui uma Casa Ateliê na região das montanhas.
Em sua trajetória de vida, vem inspirando mulheres a empreender com arte, oferecendo cursos e trabalhando com as linguagens da cerâmica, mosaico e da pintura.
A Tribuna – Desde quando você trabalha com arte?
Paoletti Avellar – Sempre tive contato com a arte desde cedo. Minha mãe me colocou na pintura muito nova, quando eu fui pra faculdade de Artes com 18 anos eu conheci a cerâmica e amei.
Por que a arte em cerâmica vem ganhando espaço?
Eu acredito que no período pós-pandemia as pessoas buscaram mais a arte como forma de expressão, de arteterapia e entenderam que isso é fundamental para o ser humano. A cerâmica é muito primitiva e o mais interessante é você ter a possibilidade de fazer vários tipos de queima para transformá-la.
No meu ateliê, em Pedra Azul, passei a dar aula para muitas pessoas que foram morar na região. Atualmente, temos workshops, levo pessoas para ensinar algumas queimas alterativas e reunimos pessoas para esses eventos.
O ‘fazer arte com as mãos’ é maravilhoso. Porque é muito importante você estar produzindo algo que você usa, aprecia, que foi feito por você mesmo e ainda pode vender suas peças.
O que é repesenta a cerâmica para você?
A gente vive num mundo cercado de cerâmica e as pessoas não se dão conta de que o prato é cerâmico, a casa, a telha, o vaso sanitário, a pia... Então estamos precisando ter essa consciência de que usamos o barro na vida, transformamos a matéria para cerâmica e ainda manuseamos o barro para transformá-lo em várias peças.
Isso é maravilhoso porque você pode trabalhar com os quatro elementos da natureza: a terra, a água, o fogo e o ar.
A maleabilidade do barro permite você criar o que quiser. Acho que o barro é uma das formas mais deliciosas de construir algo e ainda pode aplicar várias técnicas.
O barro aceita tudo. A partir do momento que você cria, leva a peça no forno a mais de mil graus, ele se torna eterno. Tanto que a nossa história é contada através das cerâmicas desde a pré-história.
Como é o mercado?
Nós temos de 30 a 40 ateliês de cerâmica no Espírito Santo – 99% de mulheres – e temos também a Associação de Ceramistas, que é atuante há 20 anos. Para este ano estamos planejando uma feira de ceramistas capixabas.
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