Até dependência de trabalhador com café é acompanhado pelas empresas
Vício em redes sociais e drogas também chamem atenção
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O vício em apostas on-line não é o único tipo de dependência que é detectada pelas empresas. Redes sociais, álcool, drogas ilícitas e até o aparentemente inofensivo cafezinho são motivo de preocupação e cuidado.
Muitos empregadores no Estado têm equipes com psicólogos para tratar esse tipo de patologia. A explicação é que o consumo excessivo de cafeína pode levar a problemas de saúde e interferir no bem-estar, segundo especialistas.
Algumas empresas que realizam constantemente reuniões tem reduzido ou substituído o tradicional cafezinho por sucos ou simplesmente água para evitar este problema, destacou o presidente do Conselho Temático de Relações do Trabalho (Consurt) da Federação das Indústrias do Estado (Findes), Fernando Otávio Campos.
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Toda empresa precisa de um suporte profissional para a área de saúde mental, explica a psicóloga Julyanna Cardoso.
“Psicólogos e psiquiatras podem fornecer apoio emocional, estratégias para lidar com a situação e ferramentas para superar os diferentes tipos de dependência”, disse.
A psiquiatra Suzzana Bernardes aponta sinais de alerta para o vício e explica como funciona o tratamento.
“Como toda dependência, não existe cura específica, existe tratamento, existe controle. O tratamento, dependendo dos casos, é feito com acompanhamento médico, medicação quando tem indicação, e sempre acompanhamento psicoterápico. Não existe prazo. Cada caso é avaliado individualmente”.
A psicóloga clínica e Mestre em Psicologia Institucional pela Ufes Lívia Rocha Helmer explicou que procurar um psicólogo é uma opção viável. “Muitas vezes, por 'trás' dos vícios, há momentos angustiantes e delicados que exigem acompanhamento”, disse.
A compulsão fica entre o prazer e o sofrimento a todo momento, como explica a psicóloga Raquel Mello. “Ela aparece para aliviar o desconforto. Mesmo quando a pessoa tem consciência dos prejuízos causados pela compulsão, não consegue parar”, frisou.
Campos disse que as empresas podem adotar várias estratégias para ajudar os colaboradores com vícios, a exemplo de programas de educação financeira e um ambiente de trabalho mais saudável.
Empresários defendem cassino e bingo presencial
Empresários do Estado defendem cassinos e bingos presenciais ao invés de virtuais.
Do ponto de vista econômico, a legalização de cassinos e bingos presenciais poderia trazer benefícios significativos, como a geração de empregos e o aumento do turismo, segundo Fernando Otávio Campos, que também é presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Estado (ABIH-ES).
“No entanto, é crucial garantir que haja regulamentações rígidas para prevenir problemas relacionados ao vício em jogos de azar e para proteger os consumidores”, disse.
Quem concorda com Campos é o presidente da Federação dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade do Estado (Fetthes), Odeildo Ribeiro. “Quem quer jogar, vai jogar, não importa onde. O importante é que o governo crie uma regulamentação e faça a fiscalização. Tem de ser liberado porque é uma arrecadação que pode gerar recursos para a saúde, educação e segurança.”
Saiba mais
Dependência em redes sociais preocupa
- Vícios em cafeína e redes sociais
Além de apostas on-line e jogos de celular, outros vícios que chamam a atenção incluem vícios em cafeína e redes sociais.
Vício em cafeína: O consumo excessivo de café pode levar a problemas de saúde e interferir no bem-estar do funcionário. Algumas empresas que tem constantemente reuniões tem reduzido ou substituído o tradicional cafezinho por sucos ou simplesmente água para evitar este problema.
Vício em redes sociais: O uso compulsivo de redes sociais pode ser tão prejudicial quanto outros tipos de dependência, afetando a produtividade.
Vício em álcool e drogas: Esses são problemas mais graves que afetam a saúde mental e física dos trabalhadores, bem como sua produtividade e segurança no trabalho. A legislação já responsabiliza às empresas caso elas não acompanhe estes vícios, que podem gerar afastamento do trabalho com proibição de demissão do trabalhador.
- Estratégias das empresas para ajudar os colaboradores
As empresas têm um papel crucial a desempenhar no enfrentamento deste problema. Em primeiro lugar, é importante que elas reconheçam a gravidade da dependência química em apostas e suas implicações.
Programas de assistência ao empregado (PAE): oferecer apoio psicológico e financeiro para ajudar os funcionários a lidarem com seus vícios.
Educação e conscientização: Promover palestras e treinamentos sobre os perigos dos vícios e a importância do equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Ambiente de trabalho saudável: Criar um ambiente que promova hábitos saudáveis, como pausas regulares e incentivos para atividades físicas.
Apoio financeiro: Oferecer programas de educação financeira para ajudar os funcionários a gerenciar melhor suas finanças pessoais e evitar dívidas.
Além disso, oferecer suporte psicológico pode ser essencial para ajudar funcionários afetados a buscar tratamento. Parcerias com clínicas especializadas em dependência de jogos de azar e programas de apoio, como grupos de apoio e aconselhamento, podem fornecer os recursos necessários para que os funcionários lidem com o vício e suas consequências.
Fonte: Fernando Otávio Campos, Julyanna Cardoso e pesquisa AT.
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