Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Painel

Painel

Colunista

Folha de São Paulo

Dupla dinâmica

| 25/05/2020, 06:47 06:47 h | Atualizado em 25/05/2020, 11:19

Os ataques de Jair Bolsonaro ao STF têm na mira principalmente dois ministros, Alexandre de Moraes e Celso de Mello, que o Presidente elegeu como inimigos próprios. Ontem, Bolsonaro compartilhou um artigo da lei de abuso de autoridade, em indireta a Mello.

Estão nas mãos deles os inquéritos mais relevantes para o Presidente: com Moraes, o das fake news, que tem bolsonaristas como alvos; e com Mello, o da tentativa de interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.

É comigo
O Presidente considera ambos antibolsonaristas e assim tenta transformar a questão institucional em problema pessoal. Bolsonaro atacou Moraes ao menos duas vezes recentemente: disse que ele toma decisões políticas e que só chegou ao STF por amizade com Michel Temer (MDB). Ele também acha que a proximidade que Moraes teve com o PSDB perdura e influencia suas decisões.

Por quê
Bolsonaro se enfureceu quando o ministro barrou a nomeação de Alexandre Ramagem, amigo de seus filhos, para a direção-geral da PF.

Paz
A despeito dos avanços contra os ministros, Bolsonaro costura uma relação pacífica com o presidente do STF, Dias Toffoli, na qual se fia para garantir estabilidade institucional mínima. A partir dela, consegue manter os ataques aos ministros desafetos.

Uns dois
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse ontem que as ofensas na reunião ministerial foram dirigidas a só alguns do STF, em sintonia com o que pensa o Presidente. Ele disse que “botava os vagabundos na cadeia, começando pelo STF”.

De confiança
Criticado pela crise gerada, que reforçou os pedidos de parlamentares para que ele seja demitido, Weintraub recebeu apoio de Bolsonaro na reunião, tendo sido citado por ele diversas vezes.

Pela culatra
Negacionista de levantamentos feitos por institutos de pesquisa, Bolsonaro desafiou, em 15 de março, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a passarem por seu teste de popularidade. “Saiam às ruas e vejam como são recebidos”, afirmou à CNN Brasil.

Bumerangue
Dois meses depois, no sábado, Bolsonaro colheu resultados ruins nessa metodologia. Ele saiu para comer cachorro-quente na rua, em Brasília, e jantou ao som de panelaço e xingamentos.

Calma
Causou perplexidade entre ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) a declaração do presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, de que o órgão é “usina de terror”, feita na reunião de 22 de abril.

Sem medo
Novaes disse que fica entre o temor de ser preso por trabalhar e o receio de ser processado por inação. Ministros do TCU dizem que só julgaram dois casos relacionados ao BB desde 2019, e em nenhum deles foi aventada a responsabilização de gestores.

Falador...
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), irritou-se com propagandas que a Febraban, federação dos bancos, tem feito para divulgar ações durante a pandemia da Covid-19. Ele diz que os bancos são unanimidade negativa na crise.

...passa mal
“Fiquei indignado. Eles tentam fazer propaganda de que os bancos estão ajudando. O que a gente vê é reclamação geral, especialmente dos pequenos empresários, que não conseguem ter acesso a crédito. Não adianta ter taxa de juros baixa se as pessoas não conseguem chegar no dinheiro”, diz ACM. A Febraban não se manifestou.

Desvio
A Associação de Advogadas e Advogados Públicos pela Democracia divulgou nota crítica à instrumentalização da Advocacia-Geral da União pelo governo Bolsonaro. Segundo a APD, a função de assessoramento jurídico tem sido desviada para “a defesa de teses de ocasião”. Na semana passada, a AGU argumentou que é preciso conviver com “interpretações divergentes” sobre a ditadura militar.

Ilegal
Ainda que Bolsonaro tenha dito a apoiadores ontem que poderia ter destruído o chip da reunião ministerial, ele estaria infringindo a Lei de Acesso à Informação. É o que diz Valdir Simão, ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU). Ele também afirma que causa preocupação a possibilidade de que os registros das demais reuniões estejam sendo eliminados.

Tiroteio
“Moro entregou o tipo de prova que, como juiz, usaria para condenar. Ou seja, a Lava a Jato deve ser anulada por falta de provas”.
De Ticiano Figueiredo, presidente do Instituto de Garantias Penais, sobre o vídeo que Moro disse provar pressão de Bolsonaro sobre a PF.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: