Na cola do rival
Confira a coluna de domingo (09)
Com os 4 a 0 impostos sobre o Volta Redonda no jogo de ida da semifinal, no Maracanã, é difícil imaginar que o Fluminense ficará fora da decisão do Estadual. Por mais que o confronto desta tarde aconteça no Raulino de Oliveira, a “remontada”, como gostam os espanhóis, seria algo inusitado para os padrões modernos. E, assim sendo, me permito projetar o time de Mano Menezes na final, decidindo o título com o Flamengo.
Será, ao se confirmar, a quinta final nas últimas seis edições do Carioca. Feito que enverniza o inédito momento do Fluminense. Na fase moderna, à partir de 79, o clube nunca foi tão frequente na decisão.
E tinha chance até de ter decidido as últimas seis, não fosse confronto com o Flamengo nas semifinais do ano passado, enquanto o Vasco fazia a outra perna com o Nova Iguaçu, que acabou decidindo o título.
É curioso que nem mesmo em sua fase áurea o Fluminense tenha tido tamanha assiduidade. Quer dizer: de 69 a 76, com disputa no formato por pontos corridos, com octogonais finais ou torneios triangulares, marcou presença na classificação.
Em oito edições, esteve entre os dois primeiros em sete delas - e sendo campeão em cinco! Mas, insisto: numa época em que não havia jogos finais a decidir o título de campeão.
Neste formato com decisão do título em dois ou três jogos, disputado regularmente desde 1996, é a primeira vez que o clube engata tal sequência. É tudo bem que, em três dessas últimas seis, os tricolores tenham tirado bom proveito do fato de medir forças nas semifinais com um adversário de menor expressão: em 2021, o Bangu; em 2023 e 25, o Volta Redonda. Isso não importa.
O fato é que honrou sua tradição. Para um clube que se viu em apuros financeiros em 2015, com o rompimento do contrato com o seu patrocinador, o Fluminense chega à primeira década da “era pós Unimed” mais robusto do que se imaginava.
Mesmo endividado, com discussões internas sobre o mais adequado modelo de gestão para o enfrentamento às grandes forças, divide com o Flamengo um protagonismo improvável até para o mais fanático tricolor.
De novo
O Flamengo chega a sua sétima final seguida, como previsto, carregando favoritismo perigoso. O Vasco equilibrou a disputa no primeiro tempo, saiu na frente, mas, de novo, não teve pernas, valentia e jogo coletivo para se sustentar. Falo mais amanhã em “Minhas Impressões”.
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