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Treino intenso de musculação preserva força em idosos

Estudos mostram que prática do exercício na terceira idade ajuda a preservar a força, garantindo melhor qualidade de vida


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Imagem ilustrativa da imagem Treino intenso de musculação preserva força em idosos
Artur Rossoni conta que é disciplinado em relação aos exercícios |  Foto: Gustavo Forattini / AT

Se você tem mais de 60 anos e não faz musculação, está na hora de rever essa decisão. Embora esse tipo de exercício seja atribuído aos mais jovens, estudos demonstram que praticar treinos intensos de musculação na terceira idade ajuda a preservar a força nessa população, levando a uma vida mais ativa.

Já é provado que com o passar da idade, a musculatura sofre um declínio, podendo levar a sarcopenia, doença caracterizada pela acelerada perda de massa e força muscular.

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Levantamento da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) aponta que a prevalência da doença em indivíduos com idade entre 60 e 70 anos varia de 5% a 13%; enquanto entre os idosos com mais de 80 anos pode oscilar de 11% a 50%.

Mas em idosos que treinam com carga pesada, segundo a pesquisa realizada pela Universidade de Copenhague, na Dinamarca, em longo prazo, essa perda de músculo pode ser reduzida.

Segundo a geriatra Rosiane Cazeli, da Best Senior, a perda de massa muscular, que ocorre no envelhecimento, leva ao aumento da vulnerabilidade dos idosos, tornando-os mais propensos a quedas, fraturas, perda da mobilidade e aumento da mortalidade geral.

“A manutenção ou até o ganho de massa muscular no idoso melhora a capacidade de realizar suas tarefas e atividades da vida diária, reduz o risco de quedas, contribui para a saúde óssea, reduzindo ainda o risco de fraturas, beneficia o sistema cardiovascular e auxilia na manutenção de um peso saudável”, aponta.

A fisioterapeuta Larissa Musso destaca que a atividade física é importante em qualquer idade, principalmente para o idoso. “A atividade de força proporciona manter a quantidade de músculo que ele já tem e estimula o ganho de musculatura. O idoso precisa tanto de força quanto de resistência”.

Larissa ressalta ainda que outras atividades também são importantes. “Elas também fazem com que o idoso ganhe força e músculo, mesmo que em proporção menor, como pilates e hidroginástica. Tudo isso depende de uma boa avaliação do educador físico e fisioterapeuta”.

Devido à tendência que o idoso tem em desenvolver osteoporose e osteopenia, a musculação deve ser estimulada nessa população, ressalta a fisioterapeuta. “Já sabemos, por meios de base científica, que a carga estimula a aderência do cálcio na estrutura esquelética”.

Mudança após 30 dias de internação

Uma internação de 30 dias, sendo nove entubado, em 2020, mudou a rotina de atividades físicas do advogado Artur Rossoni Sisquini, de 64 anos.

O período que passou no hospital foi em decorrência da covid-19. Ele, que foi hospitalizado pesando 81 quilos, saiu do hospital pesando apenas 67 quilos.

“Antes da internação eu andava de bicicleta e caminhava na praia. Mas devido a perda de massa muscular ocorrida quando estava no hospital, recebi orientação da médica para fazer musculação e estou até hoje”.

E Artur é disciplinado com os exercícios. “Malho cinco vezes por semana, não gosto de faltar. Sinto que meu corpo fica mais disposto. Também cuido da minha alimentação, preferindo alimentos naturais, além de não ter vícios”.

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Musculação

A realização de um treinamento progressivo de exercícios resistidos e de força é o que há com maior nível de evidência científica para melhorar a massa, a força muscular e o desempenho físico de idosos e prevenir a sarcopenia, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Proteínas

A recomendação diária de consumo proteico para um idoso saudável no intuito de evitar a sarcopenia varia de 1 e 1,2 g/kg/dia, segundo a SBGG.

Nos casos de tratamento da sarcopenia recomenda-se o consumo de 1,2 a 1,5 g/kg/dia. Dependo da condição clínica esse valor precisa ser ajustado.

Fonte: SBGG.


Especialista diz que idade não impede atividade física

A idade mais avançada pode ser considerada um obstáculo para muitos idosos que nunca malharam, mas têm o desejo de começar a treinar.

Especialistas esclarecem, porém, que a idade não é um fator impeditivo para a prática de exercícios.

“Em geral, a idade não é uma contraindicação ou limitação para a prática de exercícios físicos, embora algumas modalidades devam ser alteradas ou adaptadas para indivíduos com algum grau de limitação”, esclarece a geriatra Rosiane Cazeli, da Best Senior.

“O importante é que, antes de iniciar qualquer prática de exercício, o idoso passe por uma avaliação médica adequada e que esse exercício seja supervisionado por um profissional habilitado, associado a um acompanhamento nutricional”, completa.

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