Apenas 62 mil pessoas tomaram a vacina bivalente contra covid no ES
Subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, disse que grupos aptos a imunização somam mais de 1 milhão de pessoas
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O Espírito Santo iniciou, em 27 de fevereiro, uma nova etapa da campanha de imunização contra a covid-19 com a aplicação da vacina bivalente da Pfizer. O imunizante oferece maior proteção contra o vírus por conter cepas atualizadas e por isso ataca também a variante ômicron, que é a predominante no Estado.
No entanto, segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Luiz Carlos Reblin, passadas duas semanas do início da vacinação apenas 62 mil pessoas em um grupo de mais de 1 milhão reforçaram o esquema vacinal contra a covid com a dose da vacina bivalente.
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A utilização do imunizante bivalente era restrito a pessoas a partir de 70 anos, pessoas que vivem em instituições de longa permanência e trabalhadores desses locais, além de indígenas, quilombolas e pessoas imunocomprometidas a partir dos 12 anos. Reblin destaca que, já nessa época, o público apto a se vacinar era de cerca de 300 mil pessoas.
Dias depois, o grupo apto foi ampliado para idosos a partir de 60 anos, onde há cerca de 600 mil pessoas nesse público, além de gestantes e puérperas.
O subsecretário fez um apelo para que as pessoas, que já estão aptas a receber a dose da vacina bivalente, busquem as salas de vacinação para reforçar a imunização.
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"A vacina está disponível, os municípios estão fazendo vários esquemas, horário de funcionamento estendido, funcionamento nos finais de semana. Não deixe de se vacinar. O fato da doença está causando menos óbitos e ter registro de estabilidade não traz para ela uma característica de ser benigna", afirmou ele.
"Estamos fazendo algo em torno de 2 a 3 mil doses por dia e aqui no Estado já fizemos mais de 100 mil doses em um dia", lembrou ele.
Alerta para queda de temperatura
O subsecretário de de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, informou que em janeiro foram registrados 6 mil casos de covid no Espírito Santo. Em fevereiro, esse número caiu para pouco mais de 2 mil. Nos primeiros 13 dias de março, a Sesa registrou 1,3 mil diagnósticos da doença.
O número de mortes vem caindo no início do ano. Em janeiro, foram 51 pessoas que morreram por conta da doença. No mês seguinte, 6 mortes foram confirmadas no Estado - igualando com outubro de 2022 como o mês com menor quantidade de mortes por covid no Espírito Santo, desde o início da pandemia. Em março, até o momento, dois óbitos foram registrados.
O subsecretário informou que houve um repique de casos depois do Carnaval e, agora, o momento é de queda, mas ainda em um patamar alto de casos. A média móvel de casos dos últimos 14 dias está em 99 casos.
Apesar dos números estáveis, Reblin alerta para o risco de um novo aumento de casos da doença nos próximos meses com a proximidade do inverno.
"Nas curvas anteriores, reduzimos muito mais do que isso. Tínhamos um patamar de 10 a 12 casos por dia. Hoje, temos um patamar de 99 casos. O que pode significar que estamos mantendo uma transmissão da covid para o início de um novo aumento de casos, que é muito provável que aconteça no período da diminuição das temperaturas e do calor, no final de março e no início de abril, quando isso começa a acontecer. Então, não é por acaso que começamos a vacinação bivalente e convidando todas aquelas pessoas que podem tomar a vacina nesse momento a se vacinar", afirmou.
A Sesa vai receber da Fiocruz testes de RT-PCR que detectam covid e Influenza A e B. Esses exames vão ser estocados e distribuídos aos municípios para serem usados durante esse período de temperaturas mais baixas.
Assista a reportagem da TV Tribuna:
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