Bancos entram no jogo para conquistar a geração Z
Como a gamificação aproxima bancos da geração que nasceu jogando
Tasso Lugon
Tasso Lugon é CEO da Banestes DTVM e especialista em tecnologia, inovação e transformação digital. Reconhecido nacionalmente, lidera projetos que unem setor público e financeiro para gerar impacto e inclusão. Sua trajetória inclui passagens pelo Tribunal de Justiça do ES, Ministério Público Estadual, Prefeitura de Vila Velha e Governo do Estado, sempre promovendo modernização e resultados.
Com mais de 3,3 bilhões de jogadores no mundo e uma receita global que ultrapassa US$ 184 bilhões em 2024, segundo a Newzoo, o mercado de games já deixou de ser apenas entretenimento.
Hoje, é uma indústria robusta, com influência direta em segmentos como tecnologia, cultura, marketing e, cada vez mais, no setor financeiro.
No Brasil, o crescimento é expressivo: somos o maior mercado da América Latina, com mais de 102 milhões de jogadores ativos, o que nos coloca entre os dez principais mercados globais.
O perfil desse público é majoritariamente jovem, hiperconectado e habituado à linguagem digital.
Uma característica que tem chamado a atenção dos grandes bancos e fintechs.
Mas o que o mundo dos games tem a ver com bancos? A resposta está na gamificação: o uso de mecânicas de jogos em contextos não lúdicos, como forma de gerar engajamento, facilitar a compreensão de temas complexos e estimular a mudança de comportamento.
Uma nova linguagem para um novo cliente
Bancos tradicionais e digitais têm investido em plataformas que transformam ações financeiras em experiências mais interativas.
Aplicativos que atribuem pontos por metas cumpridas, avatares personalizáveis, níveis de progressão, conquistas e desafios financeiros são alguns dos exemplos.
A ideia é simples: tornar a relação com o dinheiro menos burocrática e mais próxima do cotidiano dos jovens, especialmente da Geração Z, que representa boa parte da base de usuários de games.
Essa geração valoriza jornadas personalizadas, recompensas instantâneas e experiências imersivas, elementos nativos dos jogos e agora presentes nos aplicativos bancários.
Exemplos práticos no Brasil
Alguns bancos já incorporaram elementos de gamificação em suas soluções. O Inter, por exemplo, criou uma experiência de cashback com ranking de usuários. O Next oferece um “coach financeiro” com missões.
E o C6 Bank lançou um cartão temático gamer em parceria com grandes publishers. Além disso, o universo dos games também se conecta ao setor financeiro com soluções específicas para esse público, como contas digitais com vantagens exclusivas para gamers, linhas de crédito para compra de equipamentos e até fundos de investimento vinculados à indústria de jogos eletrônicos.
Impactos internos e externos
A gamificação não se limita ao relacionamento com o cliente. Também é usada internamente para treinar equipes, simular atendimentos, promover campanhas de engajamento entre colaboradores e acelerar processos de aprendizagem corporativa.
No ambiente bancário, isso se traduz em melhoria na experiência do usuário, maior fidelização, aumento na adesão a produtos e ganho de produtividade.
De acordo com estudo da Boston Consulting Group (BCG), soluções gamificadas aumentam em até 47% a retenção de clientes e podem elevar em até 32% o volume de interações em apps bancários, reforçando a relevância dessa estratégia.
Um caminho sem volta
Com a ascensão da economia digital, a gamificação tende a se consolidar como um dos pilares de inovação no setor financeiro.
Mais do que uma moda, trata-se de uma metodologia com alto potencial de impacto, tanto no engajamento dos usuários quanto nos resultados de negócio.
A expectativa é que, nos próximos anos, a integração entre bancos e o universo gamer se aprofunde. Não apenas como uma ação de marketing, mas como resposta estratégica a uma geração que já nasceu conectada, joga online diariamente e espera do setor financeiro a mesma fluidez e interatividade que encontra nos games.
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