Vila Velha na vanguarda da gestão de riscos de desastres
Vila Velha realiza maior simulado de desastre do ES e reforça ações de prevenção e resposta
Vivemos um tempo em que as mudanças climáticas tornam os desastres naturais cada vez mais imprevisíveis. Chuvas intensas, ventos fortes, calor extremo e outros fenômenos acontecem com maior frequência e intensidade, exigindo dos gestores públicos não só respostas emergenciais, mas também preparo e planejamento. É nesse cenário que Vila Velha tem se posicionado como referência no Espírito Santo e no Brasil.
No dia 16 de agosto, realizamos o maior simulado de desastre natural já feito no Estado. A ação aconteceu no bairro Jaburuna, envolvendo cerca de 100 profissionais de diferentes instituições e a participação ativa da comunidade. Helicóptero do Notaer, ambulâncias do Samu, equipes do Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Defesa Civil Estadual e voluntários mostraram, na prática, como a integração é a chave para salvar vidas em momentos de crise.
A simulação reproduziu um cenário de escorregamento de massa e rolamento de blocos, com resgate de vítimas, atendimento médico, abrigamento de moradores e coordenação operacional em tempo real. Como se fosse ocorrência real, porque estar preparados é a diferença entre perdas irreparáveis e a preservação da vida.
Essa iniciativa dialoga com a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, que estabelece que União, Estados e Municípios devem adotar medidas de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação. Cabe aos municípios um papel decisivo: é nos bairros, nas comunidades, no contato direto com a população que os efeitos de um desastre são sentidos.
Por isso, em nossa gestão criamos a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil. O objetivo é claro: colocar a defesa civil no centro da agenda municipal. Atuamos em dois eixos: gestão de riscos de desastres, que envolve prevenção, mitigação e preparação em períodos de normalidade; e gerenciamento de desastres, que corresponde à resposta e recuperação durante e após os eventos. Esse equilíbrio é o que fortalece Vila Velha como uma cidade resiliente.
O simulado de Jaburuna não foi apenas um exercício. Foi a demonstração de que temos uma rede articulada, equipes treinadas e, acima de tudo, uma população consciente e engajada. Esse é o verdadeiro sentido da gestão moderna: integrar órgãos públicos, sociedade civil e moradores em torno de um objetivo maior — salvar vidas.
Enquanto alguns ainda tratam tragédias como fatalidades, em Vila Velha escolhemos agir. Não podemos impedir as chuvas, mas podemos reduzir seus impactos. As obras de contenção de encostas, macrodrenagem e a construção de novas estações de bombeamento de águas pluviais são exemplos concretos desse compromisso. Não podemos controlar os ventos, mas podemos estar preparados para resistir a eles.
Nosso compromisso é seguir na vanguarda, antecipando soluções e mostrando que uma cidade bem governada pensa no presente sem perder de vista o futuro. Porque, no fim das contas, governar é cuidar de gente. E nada é mais valioso do que a vida.
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