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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

O câncer e o poder silencioso da fé

A fé como aliada no enfrentamento do câncer e na jornada do Outubro Rosa

Virgínia Altoé Sessa | 17/10/2025, 12:31 h | Atualizado em 17/10/2025, 12:31

Imagem ilustrativa da imagem O câncer e o poder silencioso da fé
Virgínia Altoé Sessa é médica oncologista do Hospital Santa Rita |  Foto: Divulgação

Outubro Rosa é, sem dúvida, um dos movimentos mais importantes do ano. Ele não apenas alerta sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, mas dá visibilidade à luta silenciosa e corajosa de milhares de mulheres que enfrentam essa doença todos os dias. É um mês que fala sobre prevenção, tratamento, apoio e acolhimento, mas também pode — e deve — ser um tempo de reflexão sobre algo igualmente poderoso: a fé.

Quando o diagnóstico do câncer chega, vem como um terremoto. Medo, dúvidas, angústias, mudanças na rotina, no corpo, nas emoções e, muitas vezes, até mesmo na forma que a paciente se enxerga. É nesse momento que a fé entra como remédio da alma. Ela não substitui o tratamento médico, mas atua ao lado dele, fortalecendo o emocional, acalmando o coração e trazendo esperança.

Embora as religiões em suas diversas denominações exerçam um papel importante, a fé não se restringe a uma denominação religiosa específica. Pode ser uma crença em Deus, no universo, na energia da vida, na força interior, ou simplesmente a confiança em dias melhores.

Para quem está passando por um momento desafiador como o tratamento do câncer, a fé é mais do que um consolo, é um sustento e uma confiança profunda de que, mesmo em meio à dor, é possível vencer. É essa força invisível que fortalece quando o corpo enfraquece, o alívio no meio do caos, o que dá sentido aos dias difíceis e transforma lágrimas em resiliência.

A fé tem, inclusive, respaldo em diversos estudos como um fator que colabora positivamente no enfrentamento de doenças graves. Pacientes que se sentem conectadas à espiritualidade relatam maior capacidade de lidar com os efeitos colaterais da quimioterapia, menos sintomas de depressão e mais disposição para enfrentar cada etapa da jornada.

Ter fé é escolher confiar mesmo quando o caminho é obscuro, mesmo quando os laudos são duros e as respostas, incompletas. Sob a perspectiva da fé (e também da medicina), o câncer é apenas uma circunstância complexa, e não uma sentença definitiva. E uma ponte que pode nos levar para além dos sofrimentos da vida.

Há também aqueles que caminham sem fé, seja ela religiosa ou qualquer crença espiritual ou divina, e isso precisa ser respeitado. Muitos preferem se apoiar na lógica, na ciência, nos protocolos médicos, e assim vão buscando forças no poder da razão. Essa postura não é sinônimo de fraqueza ou negatividade, e tampouco invalida a jornada daqueles que lutam pela saúde.

De qualquer forma, é inegável que a fé traz alento, força e esperança. Não porque promete milagres, mas porque acolhe, ameniza o medo e ajuda a transformar o desespero em serenidade.

E que de alguma forma, essa confiança profunda em algo que não pode ser visto, provado ou tocado, ajude a dar sentido à vida quando tudo parece desmoronar. E que desperte a força interior que cada um carrega dentro de si, mesmo nos momentos mais difíceis da vida.

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