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Interiorização da economia: o novo mapa do desenvolvimento

Interiorização fortalece Linhares e Aracruz como polos do desenvolvimento capixaba

André Spalenza | 12/11/2025, 12:36 h | Atualizado em 12/11/2025, 12:36

Imagem ilustrativa da imagem Interiorização da economia: o novo mapa do desenvolvimento
André Spalenza é coordenador do Observatório do Comércio do Connect Fecomércio-ES |  Foto: Divulgação

O Espírito Santo vive um processo de interiorização da economia. O crescimento que antes era concentrado na Grande Vitória hoje se espalha por cidades que têm ganhado protagonismo regional. Entre elas, Linhares e Aracruz são dois exemplos emblemáticos por representarem fases diferentes de um mesmo processo de amadurecimento.

Os dados do Connect Fecomércio-ES mostram que Linhares vem mantendo resultado sólido na geração de empregos formais. Em setembro de 2024, o município abriu 488 novas vagas, com destaque para o setor de serviços, que se consolidou como principal motor de crescimento. Em 2025, o retrato confirma a força de uma economia plural: os serviços respondem por 30,1% dos empregos formais (15.165 vagas); o comércio, 23,9% (12.036); a indústria, 31,9% (16.086); e a agropecuária e construção, juntas, somam cerca de 14%.

Essa distribuição mostra uma estrutura equilibrada e sustentável. A cidade combina uma base industrial forte com setores que garantem capilaridade econômica, como comércio e serviços, que empregam mais de metade da população ocupada. Enquanto a indústria injeta volumes de renda, é o comércio e os serviços que mantêm o giro, espalham renda e estabilizam a economia nos períodos de menor atividade industrial.

Linhares é um caso emblemático de desenvolvimento local se tornando duradouro quando há diversificação setorial. O equilíbrio entre indústria, comércio e serviços reduz a vulnerabilidade a crises e faz a cidade crescer sustentavelmente.

Já Aracruz vive um ciclo de forte expansão industrial, impulsionado pelas exportações de celulose, que colocam o município entre os maiores polos industriais do Estado. A cidade teve, em outubro de 2024, mais de 1.200 novas vagas formais, sendo 84% delas na indústria, desempenho expressivo que impulsiona toda a região Norte.

Mas o desafio agora é converter o boom industrial em desenvolvimento sustentável. Isso significa fortalecer comércio, serviços e empreendedorismo, garantindo que os ganhos da indústria se espalhem por toda a cidade. A experiência de Linhares mostra que o caminho é possível: criar conexões entre grandes plantas industriais e pequenas empresas, diversificar a base produtiva e transformar o crescimento em estrutura duradoura.

A consolidação dessa nova geografia econômica passa por dois pilares: educação e análise de dados. As cidades do interior que mais crescem são as que estão planejando com base em evidências, que entendem indicadores de emprego, consumo e crédito e ajustam políticas públicas e currículos educacionais para formar profissionais preparados para o mercado local.

Quando uma cidade como Linhares ou Aracruz desenvolve escolas técnicas, cursos de gestão e capacidade de leitura de dados, ela não está apenas formando mão de obra, mas também inteligência econômica. Esse movimento que sustenta a interiorização: o conhecimento voltado ao território, transformando aprendizado em decisão e decisão em desenvolvimento.

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