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Papo de Família

Papo de Família

Colunista

Cláudio Miranda

Mães que amam os filhos sem ser amadas por eles

O desafio para essas mães é deixar de fazer tudo pelos filhos. Muitas pensam que com isso estarão amando menos os filhos e se enchem de culpa

Cláudio Miranda | 02/05/2023, 13:32 13:32 h | Atualizado em 02/05/2023, 13:32

Imagem ilustrativa da imagem Mães que amam os filhos sem ser amadas por eles
Cláudio Miranda |  Foto: Arquivo/AT

Há mulheres que tomaram para si, equivocadamente, a ideia de que ser mãe é amar incondicionalmente, independente de como o filho expressa seu amor para ela. Contudo, todo relacionamento tem condições. Tudo é feito na base da troca ou do mérito. Os filhos devem saber, desde pequenos, o que a mãe representa para eles. Essa visão é a própria mãe quem dá ao filho. 

Se um filho não percebe o amor de sua mãe para com ele, ele não é merecedor desse sentimento. Se um filho não valoriza o carinho e cuidado diário que sua mãe tem por ele, ele não é merecedor desse cuidado. 

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Há filhos que só perceberão isso quando a sua mãe sai de cena e deixa de fazer por ele o que ela sempre fez. Na falta da presença da mãe, é que esse tipo de filho perceberá o quanto ela estava presente na vida dele.

Por outro lado, é preciso perguntar porque esse filho se tornou assim, displicente, indiferente e frio pela presença da mãe na sua vida. Ele sempre foi assim ou aprendeu a ser assim? Se você tem um filho com esse tipo de comportamento, deve se perguntar se você não teria contribuído para que ele fosse assim.

Há mães que são superprotetoras e não desenvolvem no filho a capacidade de amar e de mostrar gratidão. Filhos com esse tipo de comportamento tendem a ser autoritários e exigentes na relação familiar. Eles percebem que os pais sempre estarão à disposição fazendo o necessário para eles, sem que tenham que dar nada em troca.

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Mães com filhos assim, sofrem, e se desestruturam emocionalmente por se sentirem afetivamente desconsideradas pelo filho. Muitas se culpam e agravam o problema ao fazer mais ainda pelo filho, numa tentativa de receber dele alguma migalha de atenção e de consideração. Infelizmente, isso não acontece.

As atitudes exageradas dessas mães, de se doarem em excesso para o filho, passam a ter um efeito viciante e a situação vai se agravando a cada dia mais. É exatamente como uma droga. Eles passam a exigir cada vez mais a atenção, carinho e cuidado dos pais. Fora a arrogância e a frieza com que se mostram, esses filhos tendem a ser pessoas muito inseguras e dependentes. Se tornam adultos frágeis e com dificuldades de tomadas de decisões importantes na sua vida diária.

Para esses pais, recomenda-se fazer menos pelos filhos, dar menos regalias para eles na expectativa de que eles percebam a presença da mãe quando ela se ausenta da vida dele. A diminuição drástica dos suportes e cuidados que recebia poderá ter um efeito curativo e equilibrante para eles. Eles terão que começar a se mover e trabalhar para conseguir suas coisas. O esforço que passam a desenvolver os farão valorizar o carinho e a proteção materno e começarão a demostrar mais amor e reciprocidade.

O grande desafio para essas mães é deixar de fazer tudo pelos filhos. Muitas pensam que com isso estarão amando menos os filhos e se enchem de culpa. As que não conseguem desempenhar esse papel, seguirão com suas famílias desestruturadas e com filhos fragilizados e dependentes, ante as necessidades que passarão em suas vidas.

Cláudio Miranda é terapeuta individual e familiar, psicopedagogo clínico, pós-graduado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

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