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Papo de Família

Papo de Família

Colunista

Cláudio Miranda

Você é uma pessoa violenta?

É preciso começarmos a expressar a paz nas nossas ações e atitudes. Para um discurso de ódio, precisamos fazer três discursos de paz

Cláudio Miranda, do Jornal A Tribuna | 24/04/2023, 13:19 13:19 h | Atualizado em 24/04/2023, 13:38

Imagem ilustrativa da imagem Você é uma pessoa violenta?
Cláudio Miranda é terapeuta individual e familiar, psicopedagogo clínico, pós-graduado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP |  Foto: Divulgação/Fernanda Pompermaiye

A violência e o medo são uns dos grandes problemas da atualidade. Eles estão intimamente relacionados entre si. Na pessoa pode desencadear problemas de ordem física e emocional. Existem aqueles que desenvolvem o medo de sair à rua, medo de ser assaltado e até sequestrado. E você, como isso te influencia? 

A violência é o uso intencional da força ou do poder usado contra si próprio e contra outra pessoa ou grupo.

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Normalmente ela resulta em lesão física, morte, desequilíbrio emocional ou algum tipo de privação e perda. 

Um ato de violência sempre gerará um grande desconforto naquele que foi a vítima. De repente, matar ficou banalizado e comum. 

Brigar por bobagens se tornou algo corriqueiro. As pessoas queriam armas e isso só fez aumentar a quantidade de homicídios. 

As causas da violência estão diretamente relacionadas às desigualdades sociais e econômicas, à falta de oportunidades às pessoas e grupos. 

Podemos pensar então que a violência está muito ligada à insatisfação pessoal e daí o indivíduo usa uma forma equivocada de resolver o seu problema atacando o outro. 

A violência e a criminalidade no âmbito social são combatidas, normalmente, pela força policial. 

Os crimes, os assaltos, os atentados contra a pessoa e seu patrimônio. 

Esses fatos, quando acontecidos com muita intensidade e frequência, tendem a desestabilizar a população em geral pelo sentimento do medo e da insegurança.

Se considerarmos a violência no aspecto pessoal, constataremos o quanto ela tem a ver com frustrações, egoísmo, crenças equivocadas sobre a vida e sobre os outros. 

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Ela está ligada também à dificuldade de partilhar e de dividir. Está relacionada ainda à necessidade de ser maior e mais importante que os outros. 

Nesse pensamento, muros são levantados do ponto de vista moral e social. Surge então a cultura do ódio, da raiva, do desprezo, da agressividade e da hostilidade.

Você consegue perceber o quanto a violência está inserida na sua comunicação e ela é ensinada diariamente aos filhos? 

Então se avalie se você é ou se estimula a violência: O que e como se fala na sua família de pessoas pretas, gays, pobres e deficientes? Quais são as crenças e conceitos que os seus filhos estão aprendendo a cada dia no convívio com você?

Imagine que em cada casa isso está acontecendo agora. Essa massa de pensamento vai crescendo, crescendo, e de repente ela explode na forma de um ataque e de uma crise. 

Aí, imediatamente, começamos a buscar culpados. Procuramos culpados fora de nós. Prendem-se e matam-se aqueles culpados, mas depois surgem outros.

É isso que estamos vendo acontecer no mundo inteiro. Passamos de uma crise para outra. Vivemos em sobressalto, como que aguardando a coisa acontecer de novo.

É preciso começarmos a expressar a paz nas nossas ações e atitudes. Para um discurso de ódio,  precisamos fazer três discursos de paz e de harmonia. 

Somos aquilo que mais pensamos. Decida falar de coisas boas. Expresse seu amor.

Cidadão do bem é aquela pessoa que expressa sua bondade e tolerância por onde passa. Pense nisso!

Cláudio Miranda é terapeuta individual e familiar, psicopedagogo clínico, pós-graduado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

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