Dívidas e incertezas…
Confira a coluna desta quarta-feira (15)
O Botafogo venceu a Portuguesa com seu time de garotos por 2 a 0 e melhorou a situação no Estadual. Mas o cenário na pasta administrada pelo grupo Eagle Holding, de John Textor, ainda é de incertezas. As remunerações atrasadas seguem atrasadas e, apesar das promessas do investidor americano de que tudo será resolvido, o ambiente não é dos melhores.
Não adianta a diretoria administrativa culpar o mensageiro, tentando tranquilizar a torcida minimizando o que acontece no departamento de futebol. O elenco perdeu doze jogadores, mais a comissão técnica. Alguns têm luvas não saldadas e nenhum deles recebeu os prêmios pelas conquistas do Brasileiro e da Libertadores. Pior: agentes se queixam de comissões não pagas.
Enquanto John Textor não zerar a conta com o elenco e definir quem comandará o grupo, o ambiente estará longe de ser o ideal. E isso, independentemente, de o empresário conseguir repor as perdas técnicas de Tiago Almada e Luiz Henrique – sobretudo estes. Saber quem substituirá Artur Jorge e que perfil tático terá o time em 2025 é fundamental para o funcionamento.
Acreditar que o ano será de sucesso lembrando que a montagem do time de 2024 só foi finalizada no meio do ano, é apostar num acaso que vai contra a narrativa do profissionalismo. O Botafogo está atrasado na preparação e não me refiro à campanha do time no Estadual. É mesmo com relação a uma temporada que terá pouco tempo para descanso e jogos muito mais disputados.
Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro, Atlético/MG, Corinthians e São Paulo estão com elencos fortes e outros como Internacional, Bahia e Fluminense, por exemplo, surgem com potencial competitivo. Ou seja: por si só, 2025 será muito mais difícil para o Botafogo que terá como parâmetro o futebol que o time de Artur Jorge mostrou em 2024, com a conquista dos dois principais títulos.
Enfim, quem levantou o sarrafo foi o próprio John Textor ao montar uma estrutura técnica (comissão e jogadores) que superou as expectativas. Agora, porém, ao menos por ora, o empresário é um personagem controverso, questionado por seu projeto multi-clubes e a má gestão no Lyon. Vejamos…
#TBT.
Tinta anos depois, a volta de Romário ao futebol brasileiro retoma o noticiário com gosto de saudade…