Às grandes forças
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O retrospecto de Flamengo e Palmeiras frente aos respectivos adversários nos jogos desta tarde mostra, claramente, a diferença entre clubes de gestões bem estruturadas em duelos contra rivais que ainda caminham em busca de soluções para mazelas econômicas. Se há dez anos, ou em torno disso, Cruzeiro e Vasco equilibravam o perde-e-ganha em históricos confrontos, hoje servem de referência para atestar a supremacia das duas maiores forças do futebol brasileiro.
Senão, vejamos: o Vasco venceu quatro dos últimos 24 confrontos com o Palmeiras nos últimos 17 anos. Metade deles disputada à partir de 2017, ano em que se festejava o equilíbrio financeiro do clube paulista, campeão da Copa do Brasil de 2015 e do Brasileiro de 2016.
Desde então, são 12 jogos sem vitórias do Vasco, com 18 gols contras e quatro prós, em oito derrotas e quatro empates. E vejam que me refiro aos protagonistas do duelo do século na final da Conmebol de 2000.
Já nos embates entre Cruzeiro e Flamengo o cenário é parecido, com quatro vitórias dos mineiros nos últimos 23 jogos confrontos. À partir de 2013, ano em que o título da Copa do Brasil fortaleceu a recuperação financeira do Flamengo, mudou-se percepção do duelo.
O confronto equilibrado deu vez à supremacia rubro-negra e, nos 17 últimos jogos entre eles, o atual líder do Brasileiro venceu 13 e perdeu um - e tudo bem que tenha sido nas oitavas da Libertadores.
Brasileirão
Nas últimas dez edições da Série A do Brasileiro, só três clubes conseguiram evitar que o título não ficasse com Flamengo ou Palmeiras: o Corinthians, em 2015 e 2017, o Atlético-MG em 2021 e o Botafogo em 2024.
Três das outras seis edições ficaram com um ou com outro, que agora já se revezam na liderança. Algo que se assemelha a ligas europeias, onde nos últimos dez anos, um ou outro interrompe a série hegemônica das grandes forças.
Europa
Na Espanha, o Atlético de Madrid quebra as sequências de Real e Barcelona; na Alemanha, o Bayer Leverkusen interrompeu o Bayern; na França, Monaco e Lille deram um “descanso” ao PSG.
Na Itália, Internazionale, Nápoli e Milan quebraram a série da Juventus; e, na Inglaterra, Chelsea, Leicester e Liverpool barraram a sequência do City. Aliás, na minha leitura, a Premier é entre as cinco ligas a que mais se assemelha a Série A brasileira em equilíbrio de forças.
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