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Doutor João Responde

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Colunista

Dr. João Evangelista

Nossos vírus de cada dia

Não existem espécies que não sejam infectadas por vírus ao longo do transcurso de suas vidas. Sem vírus, não sobreviveríamos

João Evangelista Teixeira Lima | 13/06/2023, 13:31 h | Atualizado em 13/06/2023, 13:32

Imagem ilustrativa da imagem Nossos vírus de cada dia
Doutor João Evangelista, médico e colunista de A Tribuna |  Foto: Arquivo/AT

Vírus não têm registro de nascimento, nem passaporte. Não são sequer considerados como seres vivos. Mas todos eles têm um código genético, uma espécie de manual para reprodução. Essa chave muda, dando origem a novas variantes. Por isso, os vírus são tão numerosos na Terra.

Muitos deles estão envolvidos em processos corporais essenciais, fazendo parte do nosso ecossistema interno. Não sobreviveríamos por muito tempo se eles desaparecessem.

Leia mais sobre Doutor João Responde aqui

Não existem espécies que não sejam infectadas por vírus ao longo do transcurso de suas vidas.

Portadores de péssima reputação, os vírus patogênicos estão sempre na ordem do dia, como alguns, sucintamente citados neste texto.

Picornaviridae são vírus pequenos, não envelopados. Os mais lembrados são o rinovírus, que causam resfriados, e o vírus da poliomielite, conhecida como paralisia infantil.

Flavivírus são vírus envelopados, tendo predileção pelo fígado e cérebro. São representados pelos vírus da febre amarela, dengue, zika, vírus da hepatite C, entre outros menos frequentes.

Togaviridae também são vírus envelopados. Vírus da chikungunya e vírus da rubéola são gêneros dessa família.

Filoviridae são vírus em forma de fio. Os gêneros Marburg e Ebola causam infecções dramáticas, sendo responsáveis por até 90% das morte dos doentes.

Paramyxoviridae são vírus de grande relevância epidemiológica e clínica, sendo representados pelos vírus do sarampo e da caxumba.

Pneumovirinae são agentes virais importantes na pediatria. Responsável por bronquiolites em crianças nos dois primeiros anos de vida, o vírus respiratório sincicial pode levar a quadros de insuficiência respiratória grave.

Orthomyxovirinae são divididos em gêneros que correspondem às diferentes espécies de vírus influenza – esses velhos companheiros da raça humana.

Retroviridae, antes considerados importantes para animais, e sua família geraram o hediondo vírus responsável pela Aids, ceifando vidas e desafiando a medicina.

Hepeviridae são vírus de pequeno tamanho, responsáveis pela hepatite E.

Reoviridae são vírus não envelopados. O principal representante é o rotavírus, causador de gastroenterite aguda, podendo ser grave em crianças.

Por fim, vamos falar da família Coronaviridae. Embora conhecidos desde 1950, eram considerados vírus com baixo potencial patogênico e associados frequentemente a infecções das vias aéreas altas ou a quadros diarreicos leves. Entretanto, em 2002 e em 2012, foram descritos dois novos agentes nessa família, o SARS-Cov e o MERS-Cov, com enorme potencial de gravidade.

No final de 2019, foram descritos casos de pneumonia grave, de etiologia desconhecida. Um novo betacoronavírus, chamado de SARS-Cov- 2, seria o responsável, provocando nefasta pandemia.

Durante essa época, muito se falou da diferença entre um vírus e o homem. Sempre acreditamos que somos seres superiores.

Foi quando, além do álcool em gel, evitei apertar muitas mãos, visando não me contaminar com a nociva soberba humana.

João Evangelista Teixeira Lima é clínico geral e gastroenterologista

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