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Doutor João Responde

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Colunista

Dr. João Evangelista

A medicina do médico talentoso

Como talento, técnica e experiência moldam o raciocínio clínico e a qualidade do atendimento médico

João Evangelista Teixeira Lima, Colunista de A Tribuna | 18/11/2025, 12:33 h | Atualizado em 18/11/2025, 12:33

Imagem ilustrativa da imagem A medicina do médico talentoso
João Evangelista Teixeira Lima é clínico geral e gastroenterologista |  Foto: Divulgação

Talento é uma importante ferramenta na medicina. Aliada à perseverança, essa dádiva gera um processo cognitivo essencial para avaliar e tratar o paciente. O fruto de ambos é o raciocínio clínico, essa integração de informações clínicas e conhecimento médico, vitais para decisões, durante o atendimento ao paciente.

O médico tem como função encontrar um padrão fisiopatológico que ajude a determinar o diagnóstico correto e o tratamento adequado por meio da coleta, análise e síntese dos dados clínicos. Tais processos envolvem conhecimento, planejamento, avaliação e ação.

Conhecimento é o momento de perceber o paciente, coletando as informações que possam dar pistas sobre o problema clínico, processando dados e observando se há alterações na situação do paciente.

No planejamento, o profissional deve identificar problemas e padrões fisiopatológicos, para estabelecer um diagnóstico definitivo.

Ação é o momento de executar os procedimentos clínicos, com base no diagnóstico estabelecido, como avaliações, exames, monitoramentos, intervenções cirúrgicas e terapias medicamentosas.

Na avaliação é necessário revisar a condição do paciente, observando se houve alguma melhora e, uma vez que o caso esteja encerrado, o processo é finalizado com uma reflexão sobre todas as informações e aprendizados obtidos, além do que pode ser aprimorado.

Quando bem executado, o raciocínio clínico evita erros de diagnóstico e falhas médicas.

O bom médico aprimora a investigação clínica e garante assistência de qualidade, comprometida com a melhora e a segurança do paciente. Além disso, o processo otimiza a prática clínica, ao dispensar a realização de exames desnecessários, dando mais tempo para se dedicar ao paciente e reduzir custos hospitalares. 

Médicos experientes são capazes de unir várias informações, facilitando encontrar soluções. Entretanto, não basta cultura e discernimento. Excelentes professores nem sempre sabem clinicar. Conheço pianistas que tocam com pianos desafinados.

O bom atendimento médico é dependente da análise correta daquilo que é apresentado ao médico.

Além disso, depende também da qualidade da tomada de decisões do profissional, o que envolve pensar nos riscos e benefícios dos testes e do tratamento.

Falhas nesses momentos causam os famosos erros diagnósticos, intervenções e conclusões insatisfatórias para o paciente. Situações complicadas dependem de conhecimento, experiência e talento, aliados do processo cognitivo.

Mesmo considerando a rápida evolução das técnicas de detecção e tratamento de doenças, o talento é uma ferramenta importante, que socorre o médico.

Os esquemas diagnósticos são dependentes de associações mentais, por meio dos quais se conquista a habilidade de elaborar o raciocínio clínico e o diagnóstico mais adequado.

Médicos podem ser talentosos, cultos ou esforçados. Capacidade é a união do talento com a disciplina. Quem não puder se destacar pelo talento, que vença pelo esforço.

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