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Doutor João Responde

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Colunista

Dr. João Evangelista

Diagnósticos tardios

Crônicas e dicas do doutor João Evangelista, que compartilha sua grande experiência na área médica

João Evangelista Teixeira Lima, Colunista de A Tribuna | 11/11/2025, 12:29 h | Atualizado em 11/11/2025, 12:29

Imagem ilustrativa da imagem Diagnósticos tardios
João Evangelista Teixeira Lima é |  Foto: Divulgação

Explicados pelos professores e visualizados em livros técnicos, os diagnósticos parecem fáceis aos olhos do acadêmico de Medicina. Mas, depois de formado, este será desafiado pelas complexas doenças. Quase sempre solitário, o médico esforça-se para encontrar aquilo que aflige seu paciente. Doenças raras sofrem com diagnóstico tardio, devido a sintomas inespecíficos e falta de informação.

Patologias silenciosas, como diabetes mellitus, depressão emocional, hipertensão arterial, hepatite C, glaucoma, disfunções tireoidianas e Aids, são exemplos comuns de condições cujo diagnóstico também pode demorar.

A complexidade dos seus sintomas e a baixa familiaridade dos profissionais podem levar a diagnósticos demorados, como no caso da hemofilia adquirida, que costuma surgir na vida adulta em pessoas sem histórico da doença. 

Sintomas que mimetizam várias patologias dificultam a identificação inicial da enfermidade.  Desinformação sobre patologias atrasam a busca por tratamento. 

O preconceito também pode ser uma barreira para a procura de ajuda médica, como no caso da hanseníase. 

Manifestações clínicas sutis ou inexistentes tornam o diagnóstico ainda mais difícil. Além disso, um grande obstáculo para o diagnóstico é a dificuldade no acesso a tratamentos e exames.

Durante cinquenta anos de exercício médico, detectei algumas doenças, cujos diagnósticos são tardios, como cânceres, Transtorno do Espectro Autista, fibromialgia, síndrome de Sjögren, lúpus eritematoso sistêmico, entre outras.

Por outro lado, patologias como diabetes insípida, fibrose cística e acromegalia, por exemplo, eu conheço apenas através dos livros médicos.

Diabetes insípida afeta o sistema endócrino. Diferentemente da diabetes mellitus, que é mais frequente, ela não envolve a regulação do açúcar no sangue, mas sim do equilíbrio de água no corpo.

O quadro clínico é caracterizado por sede insaciável e pela excreção excessiva de urina.

Esse tipo de diabetes pode ser causado por danos no hipotálamo, na glândula pituitária, ou nos rins, que impedem a concentração adequada da urina.

Fibrose cística é uma condição genética que afeta o sistema respiratório. O quadro é caracterizado por acúmulo de muco nas vias aéreas, levando a infecções recorrentes e dificuldade na respiração.

Além disso, pode afetar a digestão, prejudicando a absorção de nutrientes. Acromegalia é uma patologia rara causada pelo excesso de produção do hormônio do crescimento, gerando crescimento anormal dos ossos e tecidos.

Seus principais sintomas incluem o crescimento excessivo das mãos, pés e face, além de dores articulares, alterações na pele e problemas de visão.

O diagnóstico da acromegalia pode ser um desafio, pois os sintomas se desenvolvem lentamente, podendo ser confundidos com o envelhecimento normal.

Mesmo diante da verdade duvidosa que brilha no infinito, o médico não deve desistir. A perseverança é a mãe da solução. Depois da tempestade, sopra a brisa do diagnóstico.

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