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Cidades

Volta às aulas: pais devem evitar cobranças exageradas dos filhos

Dialogar e alinhar os objetivos são algumas alternativas para que pais e filhos iniciem o ano letivo de forma tranquila e assertiva


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As férias estão no fim e começa a ansiedade para o início das aulas e o período letivo, tanto para crianças e adolescentes quanto para os pais. 

Mas segundo psicólogos, terapeutas e especialistas em Educação, os responsáveis precisam trabalhar suas próprias expectativas e ansiedades para não haver cobranças exageradas, que atrapalham na adaptação das crianças e adolescentes no retorno aos estudos.  

“Os pais devem ficar muito atentos ao aproveitamento do tempo para que o filho seja um aluno tão bom quanto ele possa. Isso é diferente de ser o melhor aluno da sala. Outro cuidado é que os pais devem evitar cobranças exageradas. A escola é muito importante, mas vida é mais que a escola. Então, cobranças demasiadas, falação e xingamentos podem atrapalhar o emocional dele”, alerta o psicopedagogo e terapeuta familiar Cláudio Miranda, colunista de A Tribuna

Imagem ilustrativa da imagem Volta às aulas: pais devem evitar cobranças exageradas dos filhos
Cláudio Miranda explica que a escola é algo muito importante, mas vida vai além da escola: “Falação atrapalha” |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Para a psicóloga Rosiane Amaral, os pais devem ficar atentos para não exigir demais e atrapalhar a retomada da rotina de volta às aulas. 

“Para evitar esses atropelos é importante que os pais tenham empatia com os filhos entendendo que, além de voltar à rotina, mais um ano começa, e os filhos também terão que enfrentar coisas novas que podem ser fáceis para eles ou não. Por isso, o diálogo de qualidade em que  os filhos são ouvidos e acolhidos sempre será a melhor opção”.

A atenção dos pais deve se ater nas suas próprias expectativas, pois, em alguns casos, as expectativas dos pais são diferentes dos filhos e isso pode acarretar em dificuldades no processo de adaptação à nova rotina escolar, como destaca o  doutorando em Educação Rayner Raulino, coordenador de Pedagogia do Unesc. “Por isso, sempre entenda quais são os seus próprios receios e quais são os receios de seus filhos”.

Uma forma de diminuir a ansiedade e as cobranças, segundo a mestre em Educação e Psicopedagogia Ana Maria Gentil, professora de Pedagogia da Faep, é dialogar de acordo com a idade dos filhos.

“Para as famílias de crianças torna-se necessário preparar mochilas, materiais com as crianças, conversando com elas sobre o retorno de forma clara. Para adolescentes e jovens, as famílias podem ajudar dialogando antes, durante e depois do início das aulas, afirmando  a confiança e reconhecendo  a possibilidade de planejarem e retornarem de forma mais independente”.

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Rotina no retorno ao estudo

Famílias e escolas precisam ser parceiras durante todo o ano letivo e essa parceria pode começar com ajuda para montar uma rotina de estudos que auxilia  não só a criança e o adolescente, mas toda a família. Além disso prepara o acolhimento para tornar a volta às aulas em um momento prazeroso.

“As escolas podem ajudar as famílias nesse momento acolhendo os estudantes nesse retorno, favorecendo a socialização entre colegas e professores e mantendo uma comunicação constante com os pais e responsáveis para traçar planos de ação para ajustar a rotina”, observa o educador Jefferson Nunes de Mello, diretor de ensino da Escola Vereda. 

E continua: “É importante que nessa organização o estudante perceba que existem momentos de dedicação aos estudos e momentos de descontração e atividades do gosto do estudante”.

No retorno às aulas, educandos e responsáveis ficam ansiosos e inseguros por inúmeros motivos, é o que observa o  doutorando em Educação Rayner Raulino, coordenador de Pedagogia do Unesc.

“Por isso, há a necessidade de que todos se sintam acolhidos. Outro desafio está na recuperação das aprendizagens dos educandos após o período de férias. Portanto, a escola precisa ser um ambiente acolhedor, assim, para desenvolver este acolhimento nos processos educativos os professores precisam utilizar de movimentos que garantam a avaliação diagnóstica, movimentos de ambientações e socializações”.

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