“Saí para ficar 6 meses e moro há 9 anos na Austrália”, diz jornalista capixaba
A qualidade de vida, a boa empregabilidade e a diversidade étnicocultural são pontos positivos do local, segundo ela
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Quando os objetivos da jornalista Dalila Travaglia, de 36 anos, já não faziam mais tanto sentido no Brasil, uma reviravolta a levou para o outro lado do mundo e deu início a uma mudança de vida sem volta: os seis meses de estudo de inglês na Austrália se transformaram em imprevisíveis nove anos, com direito à cidadania australiana.
Embora tenha deixado o Brasil aos 26 anos, a capixaba de Castelo, no Sul do Estado, se descobriu uma cidadã do mundo após a mudança: Dalila já visitou, por exemplo, a Europa, o Vietnã e o Camboja.
Durante esse período, a capixaba fez mergulhos na Austrália, chegou a morar em um carro durante dois anos e conta que mudou o imaginário e a consciência sobre a vida com os australianos.
“Os australianos me ensinaram a desacelerar. No Brasil, parece que temos de fazer muito para viver bem. É sempre uma pós-graduação, um curso, um trabalho extra para pagar as contas. Aqui, nossa garra para trabalho é muito valorizada porque eles nunca precisaram trabalhar tanto assim. A economia deles favorece uma boa vida”.
A qualidade de vida, a boa empregabilidade e a diversidade étnicocultural da Austrália são alguns dos pontos positivos destacados pela jornalista.
“A Austrália é um país muito novo, que está se construindo, e, por isso, há imigrantes de todo o mundo. A recepção costuma ser boa. Viver na Austrália me dá a impressão de que estou sempre viajando, porque há muita diversidade cultural. Saí para ficar seis meses fora e já moro há nove anos na Austrália”, conta Dalila, que compartilha suas experiências no Instagram (@dalilatravaglia).
Por outro lado, para um brasileiro, a Austrália pode parecer um país sem a construção de uma identidade nacional tão definida como o Brasil, o que é um dos pontos contrários ao país, alerta Dalila.
“É um país que não tem muita cultura, quando comparado ao Brasil. Nossa culinária, como a feijoada, por exemplo, carrega uma parte da história da formação do País. A música brasileira, pelo amor de Deus, é linda! Na Austrália, não há tantos museus”.
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