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Cidades

“Rezava e pensava nos meus filhos”, diz presidente da OAB após acidente com avião

José Carlos Rizk Filho estava a bordo de aeronave que realizou pouso de emergência após o motor parar de funcionar


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Imagem ilustrativa da imagem “Rezava e pensava nos meus filhos”, diz presidente da OAB após acidente com avião
Monomotor em que estava Rizk saiu do Aeroclube de Vila Velha e teve que pousar na praia de Itaipuaçu, em Maricá, no Rio |  Foto: Fábio Nunes - AT | Divulgação - José Carlos Rizk Filho

O presidente da OAB-ES, José Carlos Rizk Filho, esteve em um acidente de avião no fim da tarde desta quarta-feira (10). A aeronave de pequeno porte foi forçada a realizar um pouso de emergência na praia de Itaipuaçu, em Maricá, no Rio de Janeiro, após o motor parar de funcionar. 

Além de Rizk, estavam na aeronave o piloto e um empresário capixaba. O monomotor havia saído do Aeroclube de Vila Velha com destino a Jacarepaguá, no estado vizinho.

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José Carlos Rizk Filho presidente da OAB-ES: “Rezava e pensava nos meus filhos”

A Tribuna – É possível estimar quantos minutos se passaram entre o momento que motor da aeronave parou até o pouso forçado?

José Carlos Rizk Filho – "Foram uns cinco minutos. O avião foi descendo, descendo, descendo e ele (piloto) conseguiu curvar e a aeronave bateu na areia."

- O que pensava?

"Eu tinha uma ansiedade grande em sair de cima do mar, pois se o avião caísse no mar, a minha dificuldade em sair seria grande.

Eu sou um homem de quase dois metros de altura e a porta é pequena, e é natural que os da frente se apavorem.

Eu morreria afogado, provavelmente, se caísse no mar. Eu estava torcendo para ele alcançar a praia.

Fiquei falando comigo mesmo: 'Deus, faz chegar até a praia, que a gente pode se machucar, mas eu não morro afogado'. E isso aconteceu graças a um milagre de Deus.

Eu indaguei o piloto, dizendo: 'a gente vai chegar na praia?' e ele disse que iríamos e, de certa forma, eu me acalmei e falei, 'então, o que que eu faço?'. Ele falou para eu segurar em alguma coisa, o que fiz."

- Realmente achou que pudesse morrer?

"No fundo, eu sentia que não iria morrer, sabe? Rezava e pensava nos meus filhos e na minha esposa.

Sabe quando você fala: 'Ah, não é assim que eu vou morrer não! Eu acho que eu vou morrer com uns 84 anos'. Aí até que foi tranquilo. Claro que depois que a ficha começa a cair a gente fica um pouco em estado de choque."

- Seus filhos têm quantos anos?

"O Pedro tem 6 anos e a Sofia tem 3. Pensava que queria conhecer os meus netos. Estou muito agradecido a Deus."

- Tinha montanhas próximas ao local do acidente?

"Tinha montanhas 10 minutos antes. Se caísse 10 minutos antes, eu estaria morto. Na verdade, o trecho de mar nem foi tão grande.

Mas foi muita sorte que já foi quase em Niterói, na cidade de Maricá. Uma parte habitada.

Logo após o pouso forçado, eu fui muito bem atendido lá, com policiais, comerciantes, a polícia e os bombeiros."

- De zero a 10, qual nota daria para o piloto?

"Mil. Porque ele foi muito sagaz. Foi muito experiente."

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