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Cidades

“Quero viver mais 50”, diz idosa de 119 anos

Maria Miranda de Assis, que mora em São José do Calçado, conta que ainda cozinha, cuida do quintal e varre sua casa


“Quero viver mais 50 anos. A vida é para ser vivida e eu quero”. A frase é de uma senhora que tem, nada mais, nada menos, que 119 anos, completados no  dia 17 de fevereiro.

Imagem ilustrativa da imagem “Quero viver mais 50”, diz idosa de 119 anos
Maria Miranda de Assis nasceu 16 anos após a abolição da escravatura e conta que sofreu preconceito |  Foto: Jailton da Penha

Em 1904, em Irupi, na região do Caparaó capixaba, nascia dona Maria Miranda de Assis.

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Hoje, a aposentada mora em São José do Calçado e mostra que recorda praticamente de tudo o que viveu até agora. 

Viúva há mais de 30 anos, ela já viu 10 filhos morrerem e diz que está de bem com a vida e quer viver muito mais. A rotina pode ter mudado um pouco, mas dona Maria garante que cuida de  todos os afazeres domésticos.

 Ela conta que cozinha, cuida do quintal e até varre a casa onde mora com uma filha e netos. “Só não vou muito na rua, mas vou na igreja, porque ficar parada é ruim”.

Nascida após 16 anos da abolição da escravatura, a idosa revelou que viveu as consequências de uma realidade preconceituosa que era, segundo ela, maior do que dos dias atuais. Neta de uma indígena da tribo Puri, ela  nasceu da união de Francisco Tomaz de Assis e Antônia Pereira de Azevedo, que tiveram outros 15 filhos. 

O pai morreu quando ela tinha apenas três anos de idade. E, diante das dificuldades financeiras da família, sua mãe entregou seus filhos para a casa de famílias com mais recursos, onde ela só conheceu trabalho em troca de comida e moradia. 

 “Minha mãe me deixou com sete anos na casa de uma família e nunca mais a vi, e nem meus irmãos”, contou.  

Apesar de demonstrar muita vitalidade, a idosa precisa de cuidados com a saúde. Ela diz que cuida mais da alimentação e que sempre recebe a visita da agente de saúde. Inclusive, está tratando de catarata, o que tem  limitado algumas das atividades que gosta de fazer.

  “Tudo acontece no tempo de Deus. Completei 119 anos e não sei se vou chegar aos 120, mas, graças a Deus, estou vencendo. Em qualquer tempo, se vence um dia de cada vez, seja com 19 ou 119 anos”. 

É fácil encontrar a aposentada  porque o endereço é o mesmo há 60 anos, no bairro do Motorista, em São José do Calçado. No lugar, ela diz que leva a vida como se tudo ainda fosse do mesmo jeito do passado, quando chegou ao local e nada era como hoje. 

Dona Maria revela que a vida mudou pouco, mas o mundo, bastante. “Era tudo mais tranquilo e não tinha tanta violência”, afirma.

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