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Cidades

“Precisamos ter mulheres em cargos de liderança”, diz Rafa Brites

Apresentadora, escritora e empreendedora esteve em Vitória compartilhando experiências. Ela defende participação feminina nas empresas


Imagem ilustrativa da imagem “Precisamos ter mulheres em cargos de liderança”, diz Rafa Brites
rafa brites é autora do livro “Síndrome da Impostora - Por que nunca nos achamos boas o suficiente?” |  Foto: Fábio Nunes/AT

Com mais de 2,5 milhões de seguidores em suas redes sociais, Rafa Brites, 37 anos, é autora do livro “Síndrome da Impostora - Por que nunca nos achamos boas o suficiente?”.

Apresentadora de televisão, escritora e empreendedora, ela é casada com o também apresentador Felipe Andreoli, 43. Eles são pais de Rocco, 6, e Leon, 1 ano.

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Rafa Brites compartilhou suas experiências numa palestra durante evento do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/ES) em Vitória. “Precisamos de mais mulheres em cargos de liderança”, afirmou.

A Tribuna - O tema da sua palestra é sobre a síndrome da impostora. O que seria essa síndrome?

Rafa Brites - A síndrome da impostora é essa sensação de insuficiência. E, na verdade, ela é inversamente proporcional às nossas conquistas. Porque, às vezes, você pensa: 'Ah, então, quanto mais eu for avançando, eu estudo, eu trabalho, isso (a sensação de insuficiência) vai diminuindo'. E não necessariamente é o que ocorre, porque a responsabilidade, você saber mais, te faz ficar mais insegura.

É importante a gente entender que isso não é um problema das mulheres, e sim um reflexo interno de um cenário externo que, muitas vezes, a gente não se vê representada.

- Essa visão foi baseada em alguma experiência sua?

Todas, inclusive agora (antes da palestra). Eu sempre digo, essa sensação, ela não tem uma cura, mas a gente pode impedir que ela nos impacte.

Então, hoje mesmo eu estou aqui, num evento com várias pessoas, a gente tem uma tendência muito grande a se comparar, a gente vive numa sociedade em que a gente se compara com um mundo que não é exatamente real.

A versão do Instagram, versão nas redes sociais, uma diversão editada da realidade. Então, eu passei por muitas situações, no livro relato algumas. Mas uma delas foi um estágio que eu fiz, uma prova, passei em primeiro lugar e desisti da vaga porque eu achei que o motivo que estavam me contratando não era minha competência.

- E como você acha que é possível superar isso? Autoconhecimento?

Sim, existe um caminho individual que a gente deve fazer e é isso que eu faço, mas muito mais do que isso é a gente entendendo que esse é um problema de políticas públicas. Então, a gente precisa ter mulheres em cargos de liderança nas empresas, porque as empresas são grandes agentes de transformação da sociedade.

E também nas políticas públicas, para que a gente esteja representada quando a gente faz lei, quando a gente aplica a lei para que a gente se beneficie também.

Como eu digo, é uma questão de proporcionalidade, sabe? Por que não a gente ter proporcionalidade na nossa sociedade? Isso não é um benefício para as mulheres, são benefícios para nossa sociedade, para a humanidade.

- Você acha que essa síndrome da impostora faz com que as mulheres percam oportunidade de alcançar cargos mais altos ou até no empreendedorismo?

Sim, porque a gente se candidata menos para as vagas, isso é comprovado. Há flexão de gênero também quando a gente entra numa vaga e fala “engenheiro de som”, ou quando alguém vai procurar um advogado no Google, escreve “advogado”, isso nos prejudica.

E essa sensação que, enquanto a gente não consegue mudar esse cenário, faz com que você não se enxergue. Como é que a gente sonha com algo que não existe? É muito difícil. São poucas essas pessoas que conseguem ver à frente.

As crianças têm que se espelhar em algo. Então, enquanto a gente não mudar o nosso cenário interno, isso ainda vai existir, essa sensação que impede que a gente levante a mão em uma reunião e tenha uma divergência, diga: “Não, não concordo!”.

Que a gente peça aumento na nossa empresa, que a gente leve um projeto novo sem medo de ser julgada, de errar.

- Você acha que isso é ainda mais difícil para as mulheres que são mães?

Sim. E aí a gente fala de um mercado onde mais da metade das mulheres depois de serem mães e nos três primeiros anos elas ou saem, ou são demitidas.

Hoje em dia eu tenho falado sobre parentalidade, porque chega da gente falar de maternidade. Se a gente está falando que a maternidade sobrecarrega é porque está faltando lugar, a parentalidade.

Não necessariamente com casais héteros, mas essa parceria se estendendo são as redes de apoio. Então, para uma mulher prosperar, ela precisa de uma rede de apoio. Eu falo, metade do mundo são mulheres, a outra metade são as mães deles (dos homens).

Aqui a gente vê assim, às vezes, em entrevista de emprego, mulheres ainda escutam algumas perguntas preconceituosas. Tipo assim: 'Com quem que você vai deixar seu filho se ele ficar doente?'. Coisas que não perguntariam para os homens também.

Perfil

Nome: Rafaella Sanchotene Brites Andreoli.

Apelido: Rafa Brites.

Nascida em Porto Alegre (RS).

Idade: 37 anos.

Casada, mãe de dois filhos, Rocco, 6 anos, e Leon, 1 ano.

É apresentadora de TV, escritora, empreendedora e palestrante.

Autora do livro “Síndrome da Impostora - Por que nunca nos achamos boas o suficiente?”.

Dona da TSER, plataforma de cursos de desenvolvimento pessoal.

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