"Ponto fora do útero": mãe de sêxtuplos capixabas passa por procedimento cirúrgico
Cirurgia tem como objetivo evitar o parto prematuro. Quezia Romualdo está internada para acompanhamento diário da gestação
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A gestação dos sêxtuplos capixabas ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (7). Quezia Romualdo, que está internada em um hospital particular em Colatina, região Noroeste do Estado, desde terça-feira (5), foi submetida à um procedimento cirúrgico para evitar um parto prematuro.
A informação foi confirmada por Quezia através das redes sociais. Ela explicou que o procedimento “um ponto fora do útero”, foi necessário para que a gestação dos bebês dure mais tempo.
Durante o procedimento, conhecido como cerclagem uterina, uma sutura é feita no colo do útero para impedir que a cavidade se abra antes da hora e que a bolsa fetal desça, desencadeando o trabalho de parto prematuro.
Quezia explicou que o procedimento foi necessário para que os bebês fiquem por mais tempo no útero. "Como eu falei, minha barriga está pesada e está muito grande, o colo do útero está afinando. Então eles decidiram fazer esse procedimento em mim. Mas estou bem, cada dia me recuperando a cada dia vencendo, graças a Deus. Já deu tudo certo", contou.
Internação para aguardar o parto
Quezia está internada em um hospital particular de Colatina desde terça-feira (5). Segundo o hospital, o parto não tem data para acontecer. O desenvolvimento dos bebês está dentro do esperado, mas a internação é necessária por conta do alto risco de prematuridade.
O hospital afirma que o nascimento dos sêxtuplos irá mobilizar uma equipe de pelo menos 23 profissionais, entre obstetras, pediatras, enfermeiros e anestesistas. A equipe entrará em ação assim que houver um pedido médico para a antecipação do parto, já que, agora, Quezia e os bebês são avaliados diariamente.
“Já temos uma equipe de sobreaviso para esse parto. Essa equipe é composta por pelo menos dois anestesistas, seis pediatras, três cirurgiões, seis enfermeiros e mais seis técnicos de enfermagem. Outros especialistas como oftalmologista, cardiologista pediátrico, fisioterapeuta e neurologista também devem estar presentes no momento do parto. E nós já temos reservado também as seis vagas de Utin para essas crianças”, explica a médica Júlia Mattedi, diretora técnica do hospital.
Após o nascimento, os seis bebês devem permanecer na UTI Neonatal por alguns meses, até ganharem peso suficiente para ir para casa. “Vamos imaginar que eles nasçam com 1kg cada um, é esperado que eles fiquem de dois a três meses só para ganhar peso. A média de ganho de peso é de 15 gramas ao dia, é bem devagarinho. Nesse período, a mãe poderá retirar o leite com a bombinha para as crianças serem amamentadas, ou contar com uma dieta própria para os prematuros caso ela tenha dificuldade nesse processo”, prevê a médica.
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