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Cidades

Planos de saúde vão ter de liberar remédio mais caro do mundo

O Zolgensma, que custa R$ 7 milhões é um medicamento usado no tratamento da atrofia muscular espinhal (AME) - tipo I


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou esta semana a inclusão do Zolgensma, remédio usado para o tratamento da atrofia muscular espinhal (AME) tipo I, ao rol de  medicamentos com cobertura nos planos de saúde do Brasil. 

O remédio, de dose única, custa cerca de R$ 7 milhões, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa).

A AME é uma doença rara e degenerativa que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores, afetando a capacidade de andar, de comer e, até mesmo, de respirar, de acordo com o Ministério da Saúde. 

O Zolgensma é indicado para tratamento de pacientes pediátricos diagnosticados com a AME, com até 6 meses de idade. O remédio deve começar a ser oferecido pelos planos de saúde a partir da publicação da inclusão no rol de procedimentos no Diário Oficial da União (DOU), o que deve ocorrer ainda nesta semana, segundo a ANS. 

A medida acompanha a decisão do Ministério da Saúde, que incorporou o Zolgensma no Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro. De acordo com a ANS, até junho, o medicamento deve ser disponibilizado na rede pública.

A neuropediatra da Rede Meridional, Elisa Caetano Funck, destaca que o remédio estabiliza a doença e a ampliação da oferta é um avanço. A especialista aponta, ainda, que já é possível diagnosticar a AME em exames de triagem neonatal, de forma privada. 

“Hoje, há três medicamentos para o tratamento contínuo da AME. O Zolgensma é capaz de controlar o avanço da doença. Quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamento, melhor será a qualidade de vida da criança. A inclusão é um passo muito grande”.

Já a neuropediatra Larissa Freire Krohling opina que, até os seis meses, é quando o medicamento mais tem eficácia e, por isso, a inclusão no rol deve ter sido feita para crianças com tal limite de idade. 

“A inclusão do Zolgensma no rol dos medicamentos é muito importante.  Quanto mais precoce for o tratamento, melhor é a resposta”.

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Além do Zolgensma, a primeira terapia avançada a integrar a lista de coberturas obrigatórias, outros três medicamentos passam a fazer parte do rol e deverão ser cobertos pelos planos de saúde.

O dupilumabe é um medicamento utilizado para o tratamento de  adultos com dermatite atópica grave, com indicação de tratamento sistêmico e que apresentem falha, intolerância ou contraindicação à ciclosporina.

Já o zanubrutinibe é utilizado no tratamento de pacientes adultos com linfoma de células do manto (LCM) que receberam, pelo menos, uma terapia anterior.

Por fim, o romosozumabe é indicado para o tratamento de mulheres com osteoporose na pós-menopausa, desde que tenham falhado ao tratamento medicamentoso, e que tenham 70 anos ou mais.  

Todas as tecnologias passam a ser oferecidas aos usuários dos planos de saúde a partir da publicação no Diário Oficial da União da atualização da resolução normativa que trata do rol, o que deve ocorrer nesta semana.

Viabilidade

Sobre a obrigatoriedade da cobertura do  Zolgensma, a Federação Nacional de Saúde Complementar (Fenasaúde) diz que planos de saúde de menor porte estão em risco. 

“Mesmo se oferecido o mesmo preço da saúde pública, esta incorporação poderá colocar em risco principalmente operadoras de planos de saúde de menor porte”.

“É uma oportunidade de vida!”

Imagem ilustrativa da imagem Planos de saúde vão ter de liberar remédio mais caro do mundo
O Zolgensma, que custa R$ 7 milhões é um medicamento usado no tratamento da atrofia muscular espinhal (AME) - tipo I. |  Foto: Douglas Schneider/AT

Aos três meses de idade, a pequena Malu, filha do casal  Gabriela Portes, 28, e   Jefferson Beserra, 33, pode ter a oportunidade de uma vida com muito mais qualidade, com a inclusão do Zolgensma ao rol de medicamentos com cobertura dos planos de saúde. 

A menina é diagnosticada com a atrofia muscular espinhal (AME) e, se tratada precocemente, pode impedir a evolução do problema. O irmão mais velho, Miguel, de 7 anos, também possui a doença e faz outro tratamento, garantido por decisão judicial. A mãe diz que a mudança é uma vitória.

“Todos nós estamos em festa! Para nós, que lutamos tanto e há tanto tempo, é uma vitória. As novas crianças vão ter um tratamento precoce que o Miguel não teve acesso. Se ele tivesse, seria uma outra criança. É uma oportunidade de vida!”.

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