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Cidades

Esperança de cura para a pequena Yara

Família precisa de R$ 600 mil para a menina fazer uma cirurgia e participar de um estudo que pode combater o câncer


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Imagem ilustrativa da imagem Esperança de cura para a pequena Yara
Jessica com a filha Yara: tratamento da menina pode ser feito na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. |  Foto: Leone Iglesias/AT

Dois anos e cinco meses depois de ser diagnosticada com um tipo de câncer chamado neuroblastoma, a pequena Yara, de apenas 5 anos, e sua mãe, Jessica Rohsner, 31, enfrentam uma nova batalha.

Elas precisam juntar R$ 600 mil para viajar até a Carolina do Norte, nos Estados Unidos, em busca de uma cirurgia e da participação da menina em um estudo que diminui as chances de retorno da doença.

Desde setembro de 2020, quando foi diagnosticada, Yara já passou por  232 sessões de quimioterapia, 16 de radioterapia e um transplante de medula, que completou um ano em 1º de fevereiro. 

Hoje, pelos protocolos brasileiros, Yara está fora de tratamento, restando apenas o monitoramento de uma massa de 10 kg localizada no abdômen da menina. O acompanhamento é feito no Estado e em Brasília, para onde mãe e filha viajam de quatro em quatro meses.

A cirurgia de retirada da massa não é feita no Brasil. A mãe conta que a viagem aos Estados Unidos é de extrema importância e deve ser feita o quanto antes.

“Hoje, a Yara corre dois riscos. Da massa no abdômen crescer ou se espalhar para outras partes”, explicou.

Para reduzir os riscos da doença reaparecer, Yara passou por  cinco ciclos de imunoterapia em um hospital de Brasília e agora tem 60% de chances de viver livre do câncer.

“Na busca de aumentar essa chance, eu descobri um medicamento, ainda em fase de aprovação, que sobe para 97%”, contou Jessica. 

O medicamento, após aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seria distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, a fase de testes realizada nos Estados Unidos, que já contemplou 12 crianças brasileiras, ainda é a única forma de acesso ao medicamento. E Yara já está cadastrada.

“Ela é a primeira brasileira vinda de um tratamento do SUS a ser cadastrada. Ficamos muito animadas com essa oportunidade”, disse a mãe.

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De acordo com Jessica, os custos com passagens, exames, consultas e a cirurgia no país somam R$ 600 mil. Desse total, a família já conseguiu R$ 150 mil, especialmente com as doações (@amor_cura). 

A vaquinha foi criada no site Vooa, plataforma do projeto Razões Para Acreditar.

Clique aqui para acessar a vaquinha criada para ajudar Yara no tratamento

Em parceria com o centro de estudos, Jessica já tem hospedagem garantida pelo Instituto Ronald McDonald.

“O amor pode mudar vidas”

A Tribuna – Como estão as doações até o momento?

Jessica Rohsner –  Até agora, conseguimos R$ 150 mil. A hospedagem já temos, mas o custo  com passagem, consulta, exame e a cirurgia é de R$ 600 mil. Nós vamos lutar até o fim, por mais que pareça impossível. Quando a gente se une por meio do amor, podemos mudar a história de uma criança como a Yara. O amor pode mudar vidas.

Hoje em dia, a Yara faz algum tratamento?

No Brasil, ela está fora de tratamento, já que não temos muito o que fazer por aqui. Realizamos acompanhamento com exames  no Estado e em Brasília. 

O que a viagem para os EUA representa? 

Esperança. Tenho muita esperança de que a cirurgia e o medicamento vão trazer essa paz que precisamos. A sensação de saber que a gente alcançou o máximo de cura possível e ela vai poder voltar para a escola com saúde. Yara está aqui para mostrar que existe vitória sobre o câncer e ele é um ponto, mas não uma sentença.

Como está o estado de saúde da Yara atualmente?

Ela é uma criança superativa, que nada, anda de bicicleta, de skate e patinete. Ela voltou para a escola segunda-feira e estava muito animada. Foram dois anos sem ir. Hoje, eu vejo ela correndo, perdendo o sapato, comendo uma melancia inteira, indo à escola. Isso me traz uma esperança  grande.

Como foi o tempo longe da família? 

Ela estava com muita saudade das primas, de visitar a casa da avó, de ter esse aconchego. Muitas datas comemorativas nós passamos internadas e longe de casa. Foi muito difícil. No final do ano passado, o Natal e o Réveillon foram em casa, com todo mundo junto. Nossa família é muito grande, então qualquer festa vira grande evento. Estávamos com saudade de cada abraço.

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