Pela 1ª vez, cientistas conseguem restaurar função das células do rim
Terapia tem potencial para tratar a insuficiência renal e reverter a doença renal crônica. Entenda
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Pela primeira vez na história, cientistas da Duke-NUS Medical School e do National Heart Center Singapore, ambos em Singapura, conseguiram restaurar a função dos rins com a ajuda de uma terapia regenerativa.
A insuficiência renal é uma epidemia global", alertou a professora assistente Anissa Widjaja, bióloga molecular do Programa de Pesquisa de Distúrbios Cardiovasculares e Metabólicos (CVMD) da Duke-NUS, em comunicado.
A pesquisa, publicada na revista Nature Communications no dia 5 de dezembro de 2022, mostrou que bloquear uma proteína prejudicial e reguladora de cicatrizes, a interleucina-11 (IL-11), permite que as células danificadas dos rins se regenerem e restaurem a função renal. As informações são do O Globo.
"Descobrimos que a IL-11 é prejudicial à função renal e desencadeia o desenvolvimento de doença renal crônica. Também mostramos que a terapia anti-IL11 pode tratar a insuficiência renal, reverter a doença renal crônica estabelecida e restaurar a função renal, promovendo a regeneração em camundongos, sendo segura para uso a longo prazo", disse professor Stuart Cook, da Duke-NUS.
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Por meio de experimentos realizados em ratos, os cientistas descobriram que a IL-11 está associada a uma série de processos moleculares em resposta à lesão renal que gera a inflamação, fibrose e perda de função das células. No entanto, inibindo essa proteína com um anticorpo neutralizante, é possível evitar e até mesmo reverter o dano renal.
De acordo com os cientistas, a descoberta pode ser uma verdadeira revolução no tratamento da doença renal crônica no mundo, utilizando os benefícios da medicina regenerativa para restaurar a função do rim.
"Esta descoberta pode ser um verdadeiro divisor de águas no tratamento da doença renal crônica - que é uma grande preocupação de saúde pública em Cingapura e no mundo - trazendo-nos um passo mais perto de entregar os benefícios prometidos pela medicina regenerativa", disse o nefrologista Thomas Coffman, professor e reitor da Duke-NUS.
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