Órgãos de motoboy morto após acidente na Terceira Ponte vão ajudar até 8 pessoas
Corpo será velado na noite desta quarta-feira, em Vila Velha
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A doação dos órgãos do motociclista Glênio Alves, de 29 anos, que morreu após ser arremessado da Terceira Ponte no último dia 12 de junho, irá ajudar até 8 pessoas que aguardam na fila de transplantes no Espírito Santo. A autorização da doação foi feita pela família, após a confirmação da morte cerebral.
Em entrevista ao jornal A Tribuna, eles ressaltaram o desejo da família de transformar a tragédia em uma oportunidade de ajudar outras pessoas. Segundo eles, dias antes do acidente, Glênio teria revelado o desejo de ser um doador de órgãos.
"A família é essencial nesse processo, porque ela que tem o poder da autorização. É ela que vai tramitar esse processo junto conosco [Secretaria de Saúde]. Então, uma vez que ela saiba do desejo do seu ente, ela vai dizer sim para a doação, se também for da vontade dela, e nós vamos conseguir auxiliar essas pessoas que aguardam na lista", explica Maria Machado, coordenadora da Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Estado.
O protocolo de morte cerebral do motoclista foi aberto na última segunda-feira (17) no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (São Lucas), em Vitória, onde Glênio ficou internado durante seis dias.
Despedida
O velório de Glênio será realizado às 20h desta quarta-feira (19) em uma igreja no bairro Santa Rita, em Vila Velha. O sepultamento está marcado para quinta-feira (20), também em Vila Velha, no bairro Ponta da Fruta.
O acidente
Glênio Alves foi arremessado da Terceira Ponte na última quarta-feira, no dia 12 de junho, após ser atingido por outro carro que invadiu a faixa exclusiva da via. A dinâmica do acidente relatada à Polícia Civil indica que a motorista do carro de passeio estava seguindo em direção a Vila Velha, na pista do meio.
Para evitar uma colisão traseira com outro veículo, ela optou por desviar seu carro para a faixa lateral, destinada exclusivamente a motocicletas e outros veículos. Nesse momento, Glênio foi atingido e arremessado sobre a ciclovia, caindo na rua São Paulo, sob a ponte.
No dia do acidente, a Polícia Militar foi acionada e registrou o caso. A motorista permaneceu no local e fez o teste do bafômetro, que deu negativo. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi feito, uma vez que a vítima foi socorrida e o caso tratado como lesão corporal.
Agora, após a morte do motociclista, ela poderá ser indiciada por homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar. A afirmação foi feita pelo delegado Maurício Gonçalves, titular da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito.
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