Novos talentos da ginástica capixaba sonham com as Olimpíadas
Com apenas 12 anos, Melissa Varejão já conquistou resultados expressivos no Brasil e no exterior
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O sonho de estar nas Olimpíadas faz parte da vida de atletas de todas as idades e inspira uma legião de jovens que estão começando a trilhar seus caminhos no esporte.
No Espírito Santo, a ginasta capixaba Melissa Varejão, de 12 anos, está na equipe Escola de Campeões, ao lado de nomes como Monika Queiroz, que é a coordenadora e fundadora, Natália Gaudio, Deborah Medrado, Sofia Madeira, entre outros. Ela tem se destacado pelo potencial que já demonstra.
“Melissa chegou até nós em 2021. No ano seguinte, ela já participou do brasileiro e teve bons resultados. Com esse campeonato, ela conquistou a vaga para o sul-americano, na Colômbia, representando o Brasil, onde conseguiu quatro medalhas — três de ouro e uma de bronze —, além de um ouro na equipe”, conta Luciane Hammes, treinadora da atleta.
“Além disso, Melissa já participou do campeonato brasileiro em Florianópolis, dos Jogos Escolares em Brasília e fez um treinamento específico na Bulgária, país que é referência na ginástica rítmica. A meta, a partir daqui, é continuar treinando forte para o brasileiro, que será aqui em Vitória, agora em agosto, para conseguir uma vaga de novo no sul-americano, que neste ano será em Aracaju. Então a expectativa é competir, acertar tudo e ter medalhas, além dessa vaga para o sul-americano”, finaliza.
Apesar da pouca idade, Melissa sabe muito bem onde quer chegar. “Meu objetivo é continuar evoluindo e participar de competições como as Olimpíadas, que estão acontecendo em Paris neste ano. Para isso, eu levo meus treinos muito a sério e concilio com meus estudos”, afirmou.
Ela conta que tudo começou quando a mãe quis colocá-la no balé. “Eu não me identifiquei, achei que não era para mim. Nisso, começaram a ser oferecidos vários esportes na escola onde estudo e tinha a ginástica. Eu comecei e gostei. Acho que foi Deus que mostrou que aquele era o caminho para mim”, conta.
Melissa estuda na Escola SEB Vila Velha, onde outras meninas também se dedicam à prática para se aperfeiçoar no esporte. Flávia Fernandes, professora de ginástica na instituição, conta que a aluna começou a demonstrar interesse pelo esporte aos 5 anos.
“A gente está o tempo todo convivendo com os bons resultados da Melissa, com a dedicação dela. A Melissa é hoje uma inspiração para as crianças. Nós temos ginastas que demonstram o impulso de crescer na modalidade, assim como ela, de estar realizando os novos voos, além da iniciação”.
Os números de Melissa
Ao todo, 17 medalhas de ouro, 6 medalhas de prata e 5 medalhas de bronze foram conquistadas pela ginasta em competições regionais, nacionais e internacionais.
Orgulho da mãe
Para a mãe Helena Ferreira Rodrigues, de 41 anos, motorista de aplicativo, ter como filha a ginasta Geovana Rodrigues da Conceição, de 10 anos, é um orgulho muito grande.
Geovana conta que a paixão veio do berço. “Desde pequena, sempre gostei da ginástica, sempre via muitos vídeos no YouTube e ficava tentando fazer. Como eu conseguia fazer todos os que eu via, minha mãe me colocou na ginástica. Minha professora me viu, gostou e achou que eu tinha potencial”.
Foco, treino e estudo
A atleta Lays Machado Jorge, de 11 anos, é mais uma promessa capixaba na ginástica rítmica. A mãe, Shayane da Silva Machado Jorge, de 31 anos, dona de casa, conta que a filha começou na modalidade com apenas 6 anos, e hoje se dedica diariamente para melhorar as técnicas e habilidades no esporte.
“Ela sempre assistia às meninas da seleção brasileira e achava lindo, então comecei a incentivá-la a entrar para a ginástica rítmica. Desde então, vivemos esse lindo sonho com ela, que é um dia entrar para a equipe brasileira”.
Junto com a técnica Simone Maiara, Lays conquistou medalhas em torneios nacional, regional, brasileiro por equipe e em jogos escolares.
Lays, apesar da pouca idade, sabe bem o que pretende alcançar. Ela conta que treina 4 horas por dia, sem deixar de lado os estudos. E, no meio disso tudo, ainda arruma tempo para as brincadeiras da infância.
“Eu amo a ginástica rítmica, é minha vida. Meus objetivos para este ano são o campeonato brasileiro e os jogos escolares. Sonho em um dia entrar para a equipe brasileira e vou treinar muito para conseguir realizar esse sonho”, afirma a atleta.
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