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Cidades

Famílias no Espírito Santo têm três milhões de pets

Número coloca o Estado na 13ª posição no ranking nacional com as maiores populações de animais de estimação do Brasil


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Imagem ilustrativa da imagem Famílias no Espírito Santo têm três milhões de pets
O casal Liliane e Wagner tem duas Shih-tzu, a Pandora, de pelos pretos, e a Manu, de pelos claros. Alegria da casa |  Foto: Acervo pessoal

Há muito tempo que os animais de estimação deixaram de ter “apenas” este título e, em muitos casos, se tornaram verdadeiros membros das famílias. Eles conhecem a rotina de seus tutores, fazem graça e, na mesma medida, causam preocupação quando por algum motivo adoecem.

No Espírito Santo são mais de 3 milhões de pets. Esse número coloca o Estado na 13ª colocação no ranking nacional com as maiores populações pet, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) e Instituto Pet Brasil.

O Estado tem uma peculiaridade: a população de aves canoras (que possuem um canto harmonioso, como canários e coleiros) e ornamentais é relativamente grande, quase equiparada à população de cães, que são os pets mais populares do País.

No Estado, também se destaca a população de gatos, categoria de pet favorecida pela alta verticalização dos grandes centros urbanos.

A advogada previdenciarista Liliane Aparecida Santos, 28 anos, é casada com o advogado Wagner de Jesus Caetano, 33 anos. O casal tem duas Shih-tzu: Pandora de pelos pretos, que Liliane comprou na pandemia, e Manu, de pelos claros, que foi adotada depois.

“A convivência dos pets com a família é maravilhosa, é a alegria da casa. Somos pai e mãe de pets. Sempre quis ter um cachorro. Era sonho de criança! E minha mãe que não queria cachorro, hoje é avó da Pandora e Manu”, afirma a advogada Liliane.

Ela conta que só vê o lado bom em ter seus pets. “O pet nos trouxe novos amigos, novos eventos, novos compromissos e novos hobbies. E a socialização, com certeza, é bem maior”, afirma.

O presidente-executivo da Abinpet e membro do Conselho do Instituto Pet Brasil, José Edson Galvão de França, afirma que é fundamental fornecer orientações claras e práticas para as famílias que estão considerando ter um pet em casa.

“Para começar, é importante realizar uma pesquisa detalhada sobre as diferentes espécies e raças de pets, garantindo que a escolha seja adequada ao estilo de vida e ao espaço disponível em sua casa”, afirma.

Ele destaca que planejar-se financeiramente é essencial. “Prepare-se para os custos iniciais, como aquisição, vacinação e castração, bem como para os custos contínuos, como alimentação, cuidados veterinários e higiene. Também é importante ter um espaço adequado para o pet se movimentar e brincar”. 

Relação entre pets e humanos revela sociedade mais afetiva

“A forte ligação entre brasileiros e seus pets não só evidencia uma sociedade mais afetiva e responsável, mas também sublinha a evolução dos valores e prioridades, colocando o bem-estar animal em um lugar de destaque nas relações humanas”, afirma o presidente-executivo da Abinpet e membro do Conselho do Instituto Pet Brasil, José Edson Galvão de França.

Ele lembra que é importante estar preparado para investir tempo e dedicação diários no cuidado do seu pet, incluindo alimentação, exercícios, socialização e cuidados médicos, mantendo uma rotina consistente para proporcionar segurança e estabilidade. “A relação dos brasileiros com seus pets reflete uma tendência crescente de enxergar os animais de estimação como membros da família”, diz.

Neste momento, a Abinpet e o Instituto Pet Brasil estão dialogando no Congresso Nacional para que a nova reforma tributária inclua o pet food na lista de produtos que receberão desconto de 60% nos tributos.

“Nossa proposta não foi acatada na Câmara dos Deputados, mas ainda há chance de ser incluída no texto na votação do Senado. Atualmente, a cada R$ 1 gasto pelas famílias, R$ 0,50 são impostos. Uma carga tributária mais justa (a média mundial é de 20% de imposto) poderia baixar o preço do alimento pet, e permitir maior consumo, o que por sua vez impulsionaria nosso mercado”. 

Espírito Santo tem 2% dos pets

O Espírito Santo concentra aproximadamente 2% da população pet do Brasil.

São mais de 3 milhões de pets no Estado. Esse número coloca o Espírito Santo na 13ª colocação no ranking dos estados com as maiores populações pet.

Vale notar que o Espírito Santo tem uma peculiaridade: a população de aves canoras (aves que possuem um canto harmonioso)e ornamentais é relativamente grande, quando comparada à população de cães que são os pets mais populares do país.

No estado também é possível destacar a população de gatos, categoria de pet favorecida pela alta verticalização dos grandes centros.

Cachorro, gato e outros pets no Estado

1,25 milhões de cães

300 mil peixes ornamentais

1 milhão de aves canoras e ornamentais

Mais de 600 mil gatos

·Comércio voltados para pets

São mais de 1.000 lojas que comercializam ração e acessórios para pet, e cerca de 150 clínicas especializadas em pets.

Brasil

O Brasil supera 160 milhões de pets – crescimento é liderado por pequenos animais e gatos.

Os Cães ainda são maioria, mas verticalização das cidades, apartamentos e famílias menores abrem espaço para animais mais autônomos ou que exigem menores espaços.

Imagem ilustrativa da imagem Famílias no Espírito Santo têm três milhões de pets
Thays Medeiros e Luffy, um Shih-tzu |  Foto: Gustavo Forattini/at

Companhia por morar sozinha

A estudante Thays Medeiros, 24 anos, é tutora de dois pets: Olívia, uma Lhasa Apso, e o Luffy, um Shih-tzu. “Peguei o Luffy e ele mudou absolutamente tudo! Minha mãe simplesmente ficou apaixonada por ele. A Olívia peguei um ano depois, quando me mudei para Alegre. Por ter morado lá sozinha, ela era minha companhia”, disse.

A estudante falou sobre o poder de cura dos animais. “Uma coisa que eu percebi e acredito é que eles têm o poder de curar”, afirmou.

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